O horror à igualdade: o discurso da “ideologia de gênero” no movimento Escola sem Partido

Autores

  • Francine Netto Martins Universidade Federal do ABC
  • Alessandra Teixeira Universidade Federal do ABC

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v2i11.29291

Resumo

O presente artigo busca trazer elementos teóricos e empíricos que contribuam para a compreensão das lutas que têm sido travadas em torno do gênero, conferindo especial destaque aos discursos do Movimento Escola sem Partido (ESP), em seu ataque à forjada categoria “ideologia de gênero”. Para tanto, confere historicidade a essa categoria, recuperando o contexto das lutas dos movimentos feministas e LGBTQI+ das últimas décadas, suas conquistas, bem como as reações conservadoras que essas pautas ensejaram. Para abordar o discurso do ESP, analisamos os debates realizados em duas audiências públicas para aprovação de um projeto de lei na cidade de Taubaté-SP, apontando a atualização de um repertório normalizador em torno do dispositivo da sexualidade, entre os defensores do projeto, e a defesa da lei e de seus constructos de igualdade, entre aqueles que resistem ao discurso disciplinar e biopolítico do ESP.

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Biografia do Autor

Francine Netto Martins, Universidade Federal do ABC

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS) e graduada em Pedagogia - Licenciatura pela mesma instituição, atuou como Professora Pesquisadora no Núcleo de Educação a Distância do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, parte das ações do Programa e-Tec Brasil/MEC, bem como revisora pedagógica de materiais didáticos de cursos técnicos a distância de instituições como Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás (Campus Inhumas), Instituto Federal de Minas Gerais (Campus Ouro Preto), Instituto Federal do Ceará (Campus Juazeiro do Norte), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (Campus Pelotas) e Universidade Federal de Santa Maria. Foi coordenadora do Curso de Pedagogia da Faculdade Anhanguera de Taubaté - SP, professora no Curso de Letras, Pedagogia e Pós-Graduação em Psicopedagogia na mesma instituição (2013-2017). No ano de 2013 recebeu o prêmio Educando para o Respeito a Diversidade Sexual" pela dissertação de Mestrado "Oficinas como Dispositivo na Formação de Professores: Produção Discursiva sobre Sexualidade" promovido pelo Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual, em parceria com o Centro Paranaense da Cidadania, Grupo Dignidade, ABGLT e Universidade Federal do Paraná (UFPR), com o apoio da UNESCO, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids; Secretaria de Direitos Humanos, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Conselho Federal de Psicologia e Conselho Federal de Serviço Social. Atualmente é doutoranda do Curso de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do ABC. Bolsista CAPES.

Alessandra Teixeira, Universidade Federal do ABC

Professora Adjunta da Universidade Federal do ABC (UFABC). Doutora (2012) e Mestre (2007) em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Advogada (1997). Pós-doutorado em Ciências sociais pela Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP/Marília (2015). Como pesquisadora, atuou em diferentes projetos de pesquisa quantitativa e qualitativa, sobre sistema de justiça criminal, segurança pública, violência de gênero e sistema prisional, na Fundação Seade, IDDD, Instituto Sou da Paz e IBCCRIM. Foi membro do Conselho Estadual da Condição Feminina (2003 e 2004); do Conselho de Políticas Públicas de Drogas e Álcool do município de São Paulo (2002-2004). Coordenou o núcleo de pesquisas (2003-2004) a comissão do sistema prisional do IBCCRIM (2007-2012) e Comissão de Segurança Pública deste Instituto (2012-2014). Áreas de atuação: política criminal e prisional, práticas de controle e punição voltadas às mulheres, violência de gênero, direitos humanos, violência institucional, memória e genealogia, jovens e sistema socioeducativo

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Publicado

2019-11-29

Como Citar

Martins, F. N., & Teixeira, A. (2019). O horror à igualdade: o discurso da “ideologia de gênero” no movimento Escola sem Partido. Revista Periódicus, 2(11), 161–181. https://doi.org/10.9771/peri.v2i11.29291

Edição

Seção

Seção Livre