Homens e violência urbana: Tecnologias de poder nos serviços de emergência de saúde.
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i11.29250Resumo
Tendo em vista a alta mortalidade de homens negros, pobres e jovens no contexto brasileiro, o presente artigo refere-se a homens que acessam os serviços de emergência de saúde por agravos produzidos pela violência urbana. Busca-se investigar teoricamente os dispositivos de poder que operam na produção do cuidado quando políticas de saúde e de segurança pública co-habitam os equipamentos de emergência de saúde, o que leva-nos a analisar como a operacionalização do cuidado pode produzir a própria precariedade de vidas que quando não são dizimadas fisicamente o são socialmente. Para tanto, autores pós-estruturalistas como Michel Foucault, Giorgio Agambem, Loic Wacquant, Didier Fassin e Judith Butler conferem ao processo de pesquisa etnográfica problematizações relacionadas aos mecanismos de criminalização e medicalização que agem sobre determinados corpos masculinos nesse contexto.
Palavras-chave: saúde; homens; segurança pública; criminalização; raça.
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