Quando a "interdição" tenta invadir a escola e "ex-comungar" as diferenças: algumas reflexões (in)discretas sobre o projeto "Escola Sem Partido"
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v2i11.28613Resumo
Neste artigo buscamos refletir sobre as tramas discursivas que cercam o projeto “Escola sem partido” a partir de dois eventos políticos ocorridos respectivamente nas cidades de Dourados e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Se, como afirma Foucault (2012), o discurso não é transparente, ao mapearmos as redes político-ideológicas que dão corpo a tal projeto, por meio dos atores envolvidos, dos argumentos e categorias utilizadas, do contexto político-social em que se insere e dos jogos de interesses, objetivamos perceber as contradições, os embaraços, os tensionamentos e os pontos cegos presentes no próprio discurso, que nos permitem questionar os dispositivos de “verdade” e “imparcialidade” em que se buscam resguardar. Ao contrário do que afirma e pretende, uma escola sem partido é não apenas impossível, inviável e insustentável, mas também indesejável.Downloads
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