A construção do ser travesti
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i11.26018Resumo
Este escrito pretende focar em uma das muitas reflexões sinalizadas ao término de uma dissertação que se propôs a compreender a vivência de pessoas travestis na busca por cuidados em saúde, na atenção primária. No âmbito deste artigo, ao fazermos um recorte da referida dissertação, nos debruçamos sobre a compreensão do que significa “ser travesti” para as nossas entrevistadas. Devido a imensa dificuldade em identificar na prática as categorias diferenciadoras das identidades de gênero, percebemos a necessidade de se discutir o significado do ser travesti para as próprias travestis. Utilizamos como instrumentos tecno-metodológicos a entrevista em profundidade e oficina com uso de “cenas”. Para análise interpretativa das narrativas recorremos à Hermenêutica-Dialética. A partir do diálogo com as narrativas chegamos aos seguintes resultados: o “ser travesti” como ser homossexual; ser feminina; não ser transexual; e aceitar-se. Diante das diversas formas que as entrevistadas se definiram enquanto travestis, vimos que não existe um processo específico de construção das suas identidades de gênero. Por fim, espera-se que a pesquisa possa contribuir com o campo do conhecimento acerca do saber-fazer na assistência às pessoas travestis, dentro e fora da academia.
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