Bixa também pixa: a pixação gay nos banheiros masculinos como uma contestação do espaço heteronormativo

Autores

  • Vinicius Santos Almeida Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i10.25282

Resumo

Neste artigo, analisamos as inscrições nas paredes de cabines de banheiros públicos masculinos, que chamamos aqui de pixo. Em um primeiro momento, apresentamos um breve histórico da pixação e do grafite e o trabalho de artistas gays nesse meio. Em seguida, discutimos a arquitetura do banheiro público para apreender seus significados. A partir disso, discutimos o sexo entre homens que ocorre nos banheiros públicos, conhecido como ‘banheirão’. Por fim, analisamos as pixações fotografadas entre os meses de janeiro e outubro de 2017 em banheiros públicos masculinos de São Paulo. Concluímos que, apesar de o banheiro público ser uma ferramenta de regulação e vigilância do gênero e da sexualidade, as pixações com conteúdo gay são produtoras de um discurso e uma materialidade que desafia a premissa heterossexual desse espaço. Assim como os pixos, o sexo entre homens no banheiro é uma transgressão desse espaço regulador e produtor de identidades.

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Biografia do Autor

Vinicius Santos Almeida, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

Bicha e mestrando em Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, tem interesse pela relação do espaço urbano com as sexualidades e tenta representá-la em mapas sempre que possível.

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Publicado

2018-12-18

Como Citar

Almeida, V. S. (2018). Bixa também pixa: a pixação gay nos banheiros masculinos como uma contestação do espaço heteronormativo. Revista Periódicus, 1(10), 373–401. https://doi.org/10.9771/peri.v1i10.25282