As mulheres trans como objeto de amor: Leitura laplancheana

Autores

  • Marina Maciel de Almeida Universidade Federal de Minas Gerais http://orcid.org/0000-0003-1072-5606
  • Fábio Roberto Rodrigues Belo Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v2i11.24627

Resumo

Partindo da suposição de que a designação de gênero está intrinsecamente relacionada à constituição psíquica e à alteridade, analisamos a presença do outro na formação da identidade de gênero considerando as formulações de Jean Laplanche e Judith Butler. Procuramos compreender a problemática do relacionamento afetivo entre homens cisgênero e mulheres trans a partir da hipótese de que os impasses nestas relações se dão devido aos modos de tradução da passividade radical dos primeiros meses de vida e a ligação do binômio atividade/passividade ao binômio masculino/feminino. Desta forma, propomos uma desarticulação entre estes binômios por compreendermos que o sexual não é passível de adequação a uma lógica excludente e contraditória, logo, admitimos as dificuldades de se estabelecer um comportamento sexual em que impere a coerência entre o que culturalmente se definiu para cada gênero e sexo, assim como a correlação entre ambos. Apresentamos dois relatos de mulheres trans a fim de demonstrar o desencontro entre elas e os homens cisgêneros. Concluímos alertando para a importância de o/a analista estar atento/a à dinâmica da identidade de gênero durante o tratamento analítico.

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Biografia do Autor

Marina Maciel de Almeida, Universidade Federal de Minas Gerais

Psicóloga (UFMG/2015). Mestranda em Estudos Psicanalíticos pela UFMG. Atualmente trabalha com atendimento clínico de adultos sob orientação psicanalítica. 

Fábio Roberto Rodrigues Belo, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor adjunto do Departamento de Psicologia (UFMG), doutor em Estudos Literários (UFMG)

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Publicado

2019-11-29

Como Citar

de Almeida, M. M., & Belo, F. R. R. (2019). As mulheres trans como objeto de amor: Leitura laplancheana. Revista Periódicus, 2(11), 65–82. https://doi.org/10.9771/peri.v2i11.24627

Edição

Seção

Seção Livre