As mulheres trans como objeto de amor: Leitura laplancheana
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v2i11.24627Resumo
Partindo da suposição de que a designação de gênero está intrinsecamente relacionada à constituição psíquica e à alteridade, analisamos a presença do outro na formação da identidade de gênero considerando as formulações de Jean Laplanche e Judith Butler. Procuramos compreender a problemática do relacionamento afetivo entre homens cisgênero e mulheres trans a partir da hipótese de que os impasses nestas relações se dão devido aos modos de tradução da passividade radical dos primeiros meses de vida e a ligação do binômio atividade/passividade ao binômio masculino/feminino. Desta forma, propomos uma desarticulação entre estes binômios por compreendermos que o sexual não é passível de adequação a uma lógica excludente e contraditória, logo, admitimos as dificuldades de se estabelecer um comportamento sexual em que impere a coerência entre o que culturalmente se definiu para cada gênero e sexo, assim como a correlação entre ambos. Apresentamos dois relatos de mulheres trans a fim de demonstrar o desencontro entre elas e os homens cisgêneros. Concluímos alertando para a importância de o/a analista estar atento/a à dinâmica da identidade de gênero durante o tratamento analítico.
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