Cisnormatividade e passabilidade: deslocamentos e diferenças nas narrativas de pessoas trans

Autores

  • Júlia Clara de Pontes Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Instituto Saúde e Sociedade do campus Baixada Santista.
  • Cristiane Gonçalves da Silva Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Instituto Saúde e Sociedade do campus Baixada Santista.

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i8.23211

Resumo

O presente artigo busca lançar olhares mais atentos aos processos de agenciamento de corporalidades dissidentes em relação às normas de gênero nas trajetórias e percursos de pessoas trans, tomando tal categoria como espaço de articulação de experiências e narrativas múltiplas. Trata-se, portanto, de desmontar a imagem de um corpo natural frente às práticas culturais que encerram o dualismo natureza-cultura, abrindo caminhos para compreender como se articulam as (des)continuidades entre sexo-gênero e desejo, junto a outros marcadores sociais de diferenciação. Tomamos como pontos centrais as noções de cisnormatividade e passabilidade, empregadas pelas(os) interlocutoras(es) como categorias para reflexão e enunciação sobre os processos de transição de gênero, buscando apreender a força normativa de regulação de gênero sobre as corporalidades/subjetividades junto aos diferentes usos e significados de tecnologias hormonais e prostéticas que atuam na produção de posições de sujeito.

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Biografia do Autor

Júlia Clara de Pontes, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Instituto Saúde e Sociedade do campus Baixada Santista.

Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP- Campus Baixada Santista), Instituto Saúde e Sociedade. Integrante do Laboratório Interdisciplinar Ciências Humanas, Sociais e Saúde da UNIFESP e educadora Popular do Cursinho de Educação Popular Cardume da UNIFESP na área de Redação. Bolsista do PET GraduaSUS, parceria entre UNIFESP, Ministério da Saúde e a rede de saúde dos municípios de Santos, Itanhaém e São Vicente, na busca por compreender a linha de cuidado à gestante e pensar estratégias frente ao tema da mortalidade materno-infantil na região da Baixada Santista. Atual integrante do Programa de Iniciação à Gestão (BIG - NAE) da UNIFESP, que visa intervir no convívio do espaço acadêmico, com vistas à compreender a objetivação e dinâmica dos marcadores sociais da diferença (raça/etnia, gênero, classe, etc.) junto à permanência estudantil, com ênfase da saúde mental dos estudantes.

Cristiane Gonçalves da Silva, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Instituto Saúde e Sociedade do campus Baixada Santista.

Professora Adjunta IV da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Instituto Saúde e Sociedade do campus Baixada Santista, Departamento Políticas Públicas e Saúde Coletiva; docente do Eixo O Ser Humano e sua Inserção Social. Formada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo/USP (1993), mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1999), doutora em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da USP (2010). Pós-doutoranda no Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e no Instituto Gino Germani/Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires. Co-coordenadora do Laboratório Interdisciplinar Ciências Humanas, Sociais e Saúde e pesquisadora associada do Núcleo de Estudos para Prevenção da AIDS. Atuação em pesquisa, ensino e extensão na interface entre saúde e educação com as temáticas de sexualidades, gênero, prevenção e vulnerabilidade ao HIV/AIDS, direitos sexuais e reprodutivos, redução de danos.

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Publicado

2018-01-06

Como Citar

de Pontes, J. C., & da Silva, C. G. (2018). Cisnormatividade e passabilidade: deslocamentos e diferenças nas narrativas de pessoas trans. Revista Periódicus, 1(8), 396–417. https://doi.org/10.9771/peri.v1i8.23211

Edição

Seção

Seção Livre