Gays afeminados ou a poluição homoerótica
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i7.22287Resumo
O presente trabalho procura levantar alguns questionamentos a respeito da noção de heteronormatividade, ou seja, a ideia de que os seres humanos são naturalmente heterossexuais e devem se comportar de acordo com uma concepção binária de gêneros, na qual as mulheres são “femininas” e os homens, “masculinos”. Para tanto, aborda questões que dizem respeito aos chamados gays afeminados (ou efeminados), aqueles que não se enquadram nos padrões da heteronormatividade masculina, são alvo preferencial do preconceito, sofrem mais violência homofóbica e são discriminados inclusive por outros homossexuais. Uma das propostas deste artigo é denunciar o preconceito contra gays afeminados e questionar a raiz dos desejos e preferências sexuais, desmistificando a ideia de que a rejeição contra homens considerados ‘femininos’ seja simplesmente uma questão de gosto pessoal. Por causa da relação que culturalmente se faz entre ser mulher e feminina (a condição feminina considerada como algo inferior e indesejável) e ser homem e masculino (a masculinidade vista como uma característica de força e superioridade), a hierarquização desses papéis sociais traz privilégios para os homens, sobretudo aqueles que se encaixam nos padrões preestabelecidos pela heteronormatividade cis.Downloads
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