O gênero sexual como cárcere e como liberdade: A garota dinamarquesa, de David Ebershoff, na perspectiva do performativo e da alternância de sujeitos

Autores

  • Jacob dos Santos Biziak

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i7.22283

Resumo

Não pretendemos, aqui, nos dedicar aos processos de (re)criação da narrativa existencial de Lili em diferentes textualidades, mas, sim, tomar o romance como foco de nossa análise. Então, este trabalho centra-se no estudo do romance e de como o feminino é representado como uma performatividade executada e construída por Lili, a protagonista, conforme defende Butler em Problemas de gênero. Além disso, na construção da subjetividade da protagonista – de Einer a Lili – ocorre uma alternância de sujeitos entre os enunciados que constituem o discurso diegético. Logo, a relação com o Outro, na representação da transexualidade, opera através de um diálogo entre sujeitos, masculinos e femininos, em que um delimita e permite o enunciado do outro. Nesse processo, dor, corpo e desamparo dialogam com o gênero enquanto cárcere e liberdade da existência. Então, pela leitura do romance, Bakhtin e Butler (cujo trabalho se alicerça a partir do trabalho da psicanálise, notadamente a lacaniana, de Foucault e de Derrida) podem ser associados no estudo da construção de sentido dos gêneros na literatura.

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Publicado

2017-05-18

Como Citar

Biziak, J. dos S. (2017). O gênero sexual como cárcere e como liberdade: A garota dinamarquesa, de David Ebershoff, na perspectiva do performativo e da alternância de sujeitos. Revista Periódicus, 1(7), 327–339. https://doi.org/10.9771/peri.v1i7.22283