Resquícios humanos em corpos pixelados: sobre a potência desnaturalizante de sexo/gênero em avatares de jogos digitais

Autores

  • Lucas Aguiar Goulart
  • Henrique Caetano Nardi
  • Inês Hennigen

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i6.20562

Resumo

Este artigo discute as expressões de gênero e sexualidade que marcam os corpos dos avatares em meios virtuais, tendo como foco principal os jogos digitais. Apontamos a figura do avatar como o diferencial dos jogos digitais em relação às outras formas de mídia interativa, sendo essa figura entendida como a própria apresentação do/a interator/a nestes meios, logo, central para sua experiência. Trabalhamos com a hipótese de que um corpo composto por pixels, uma unidade virtual, desloca os referenciais modernos relativos a um corpo biologicamente marcado. Tal capacidade pode ser entendida, neste contexto, como potencialmente alternativa aos corpos gendrados a partir de uma matriz heteronormativa que os constitui como diádicos e em oposição. Entretanto, mesmo que tenhamos localizado nesses corpos virtuais “resquícios humanos”, ou seja, a reiteração performativa das ideias de corpo gendrado diádico nos corpos virtuais, buscamos algumas maneiras de como esses podem ser estratégicos politicamente enquanto construções que tensionam a matriz heteronormativa.

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Publicado

2016-12-22

Como Citar

Goulart, L. A., Nardi, H. C., & Hennigen, I. (2016). Resquícios humanos em corpos pixelados: sobre a potência desnaturalizante de sexo/gênero em avatares de jogos digitais. Revista Periódicus, 1(6), 198–211. https://doi.org/10.9771/peri.v1i6.20562