Pobres meninas “ricas” com a gravidez
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i2.12879Resumo
Este artigo analisa a experiência [da gravidez] em adolescentes em situações de pobreza. Das análises, salta aos olhos que para as adolescentes o acontecimento da gravidez como uma busca de afirmação da própria existência no mundo (busca do próprio espaço), pois as adolescentes imaginam que a gravidez terá o condão de lhes proporcionar liberdade e autonomia, bem como de suprimir a carência por serem mais cuidadas (e respeitadas) pelos Outros, pelo serviço de saúde, em particular, pelo companheiro que, em geral, é mais velho (perspectiva de um “porto seguro” imediato). Assim, embora almejem romper com a tradição de sua família, acabam por intensificar a história familiar, reforçando a tradição do mito do amor materno e da equação das identidades mulher = esposa, mulher = mãe, em vez de desafiá-lo.Downloads
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