Executivos e smartphones: uma relação ambígua e paradoxal

Autores

  • Ana Paula Borges Gonçalves Fundação Getúlio Vargas (FGV)
  • Luiz Antonio Joia Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Palavras-chave:

smartphones. paradoxos. tecnologia móvel.

Resumo

Fundamentado em abordagens teóricas relativas à existência de paradoxos associados ao uso de artefatos tecnológicos, este artigo procura identificar a existência de paradoxos associados ao uso diário de smartphones pelos executivos brasileiros. O método de estudo de caso único foi aplicado analisando-se uma companhia brasileira atuante no setor farmacêutico, a qual tem por política fornecer smartphones a seus executivos seniores. Os dados foram coletados por meio de questionários desenvolvidos a partir dos paradoxos identificados na literatura, os quais foram respondidos por 14 executivos da companhia em questão, entrevistas em profundidade conduzidas com cinco desses executivos e análise de e-mails enviados pelos respondentes via smartphones por um dado período de tempo. Após a consolidação e análise dos dados obtidos verificou-se que dois paradoxos se mostraram fortemente associados ao uso de smartphones pelos executivos em questão, i.e. continuidade vs. assincronicidade e autonomia vs. vício. Além disso, três outros paradoxos se mostraram moderadamente associados ao uso de smartphones pelos executivos em questão, i.e. liberdade vs. escravidão, dependência vs. independência e planejamento vs. improvisação. Ao final, as implicações e limitações desta pesquisa são apresentadas.

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Biografia do Autor

Ana Paula Borges Gonçalves, Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Doutorado em Administração de Empresas (2012), pela Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. Mestrado em Administração de Empresas (2001), pela Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. Graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996). Atua como professora em cursos de graduação e pós graduação para os cursos de Comunicação Social, Administração de Empresas, Design e Relações Internacionais, como coordenadora acadêmica em curso de Pós-graduação em Administração de Empresas e como pesquisadora nas áreas de Marketing, Comportamento do Consumidor, Gestão e Tecnologia. Além disso, atua como consultora de empresas nas áreas de Marketing, Comunicação e Pesquisa Mercadológica. Possui sólidos conhecimentos nas áreas de Administração, Marketing e Comunicação, adquiridos em mais de 14 anos como executiva de multinacionais. Experiência em desenvolvimento de produtos, pesquisa de mercado, planejamento estratégico, ações promocionais e de comunicação, gerencimento de categoria, implementação de serviços de atendimento ao cliente e Internet.

Luiz Antonio Joia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Possui graduação em Engenharia de Fortificação e Construção pelo Instituto Militar de Engenharia, mestrado em Engenharia Civil pela COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro, pós-graduação em Economia Teórica e Aplicada pela EPGE/FGV, Certificate in Management Studies pela Oxford University e doutorado em Engenharia de Produção pela COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professor adjunto da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas e professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Faculdade de Engenharia). Tem experiência na área de Engenharia de Produção e Administração, com ênfase em Inovação Tecnológica e Organização Industrial, atuando principalmente nos seguintes temas: negócios e governo eletrônico; uso estratégico da tecnologia e sistemas de informação; capital intelectual e gestão do conhecimento; tecnologia da informação e desenvolvimento.

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Publicado

2014-01-06

Como Citar

1.
Gonçalves APB, Joia LA. Executivos e smartphones: uma relação ambígua e paradoxal. Organ. Soc. [Internet]. 6º de janeiro de 2014 [citado 2º de julho de 2024];20(67). Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/9127

Edição

Seção

Artigos