A Aprendizagem Coletiva e em Rede Desenvolvida em Empreendimentos Formados por Mulheres da Economia Solidária: Uma Análise PósColonialista Sobre uma Prática Feminista de Autogestão

Autores

Palavras-chave:

economia solidária, redes de cooperação, autogestão, práticas feministas de autogestão, aprendizagem coletiva

Resumo

Esta pesquisa surge dos estudos das práticas de gestão de mulheres a partir do lugar da autogestão no âmbito da Rede Feminista da Economia Solidária (Resf) e, por isso, desenvolveu-se ao longo da pesquisa o termo práticas feministas de autogestão, considerando-se as práticas que se
performatizam na Economia Solidária (ES). O objetivo desta pesquisa é identificar e analisar uma das práticas feministas de autogestão observadas em campo: o desenvolvimento da aprendizagem coletiva e em rede. Os principais aportes teóricos articulados partem estudos sobre práticas de
gestão feministas, da perspectiva da racionalidade substantiva, dos estudos sobre aprendizagem organizacional e a visão pós-colonialista que adere ao contexto das mulheres na ES. A coleta de dados foi implementada a partir da história oral temática em entrevistas semiestruturadas com mulheres da Resf e observação direta e indireta em campo entre os anos de 2018 e 2021, registradas em diários de campo. A perspectiva adotada para a análise dos dados é a análise crítica do discurso.
Os resultados apontam para os seguintes achados: (I) não hierarquização da organização daspráticas de aprendizagem; (II) troca intensa de informações dentro e fora da rede baseada nos laços de reciprocidade; (III) uma forma de aprendizagem que prioriza as experiências com um sistema de
atividades no qual o conhecer não é separado do fazer. Para as mulheres, o conhecimento é integrado e distribuído na vida da comunidade, o que requer necessariamente o envolvimento que
advém do sentimento de pertencimento e cuidado mútuo que as une. 

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Biografia do Autor

Maria de Nazaré Moraes Soares, Universidade Federal do Ceará

Doutora em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará.Professora Adjunta da Universidade Federal do Ceará, em exercício no Departamento de Estudos Interdisciplinares. Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Avaliação de Políticas Públicas. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero, Idade e Família (Negif). Afiliada ao Núcleo de Estudos em Gênero, Idade e Família (Neabi) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Pesquisadora CNPq. Membro da Academia Instituto Cidadania Empresarial (Academia ICE). Membro da Comissão de Empreendedorismo e Inovação do Conselho Regional de Administração do Ceará (CRA-CE). Atuação em nível de ensino, pesquisa e extensão no campo de públicas

Sílvia Rebouças, Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes

Doutora em Estatística e Investigação Operacional pela Universidade de Lisboa, com pós-doutorado em Métodos Matemáticos Aplicados à Economia e à Gestão pela Universidade do Algarve. Professora Associada no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, onde é Diretora da Licenciatura em Ciência de Dados. Professora Adjunta Convidada na Universidade do Algarve, Investigadora do Copelabs e do Ceaul e Fundadora da Dataoutbox. Atuação em nível de ensino, pesquisa e consultoria em Ciência de Dados.

José Carlos Lázaro da Silva Filho, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Planejamento Ambiental pela Instituição Technische Universität Berlin, com pós-doutorado em Tecnologia e Sociedade pela Technische Universität Berlin. Professor Associado da Universidade Federal do Ceará, atua no PPAC e PPAC-Profissional. Coordena o grupo de pesquisa InoS, Grupo de Pesquisa Inovação e Sustentabilidade Social e Ambiental (InoS), Pesquisador do Programa Cientista Chefe junto à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará. Pesquisa sobre inovações sociais, empreendedorismo social e ecossistemas de inovação social e cultural.

Publicado

2023-08-21

Como Citar

1.
Soares M de NM, Dias Pedro Rebouças SM, Lázaro da Silva Filho JC. A Aprendizagem Coletiva e em Rede Desenvolvida em Empreendimentos Formados por Mulheres da Economia Solidária: Uma Análise PósColonialista Sobre uma Prática Feminista de Autogestão. Organ. Soc. [Internet]. 21º de agosto de 2023 [citado 18º de julho de 2024];30(106). Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/48825

Edição

Seção

Artigos