“ZONA DE PERIGO”

AS VIOLÊNCIAS CONTRA MULHER AINDA RESTA ALGO A FALAR?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.9771/rds.v4i2.54309

Palabras clave:

Mulheres, Patriarcado, Violências, Simbólica

Resumen

O artigo, em epígrafe, assume caráter revisional temático e objetiva, em sua análise, apresentar duas formas principais de violências contra as mulheres: a doméstica e a simbólica, possibilitando reflexões sobre aspectos do patriarcado e do sexismo e como eles se desdobram no entrecruzamento da manutenção permanente das violências de gênero e em suas diferentes manifestações. Para esse recorte analítico, utilizamos a exploração de dados do Anuário de Segurança Pública e de outros institutos, estabelecendo diálogo com autoras(es), bem como reflexões mediante falas do cotidiano e uma composição musical que serviu como mote reflexivo, intentando exemplificar a ressignificação das violências a partir das construções simbólicas que operam no contexto social e perpetuam modelos e comportamentos para a mulher. Compreendemos que a nossa proposta analítica/reflexiva se justifica tendo em vista os reconhecimentos de práticas feministas analíticas pautadas numa epistemologia da vida diária (parte de exemplos retirados do cotidiano), objetivando preparar mulheres para mapeamentos das violências, principalmente a simbólica, que contribui decisivamente para a manutenção de uma sociedade excludente, misógina e opressora, principalmente em virtude de equipamentos culturais seculares/patriarcais que minam e reduzem os direitos das mulheres. No presente estudo, estabeleceu-se um diálogo introdutório a partir das discussões feitas no transcorrer do minicurso, mediante notícias de violências veiculadas nas mídias e que refletem as estatísticas brasileiras, no que se refere às mais variadas formas de violências contra a mulher. A partir dai, construímos reflexões pertinentes e que nos asseguram sobre os dispositivos patriarcais que mantém essa estrutura de violência contra nós.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Carla de Quadros , UNEB

Possui graduação em Letras vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia (2000), graduação em Direito - Valença pela Universidade do Estado da Bahia (2016). É psicanalista. Possui especialização em Estudos Comparados em Literatura de Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2002), Especialização em Antropologia (2018), Mestrado em Literatura e Diversidade Cultural pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2008) e Doutorado em Letra, Linguística e Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2010). Atualmente é professora titular B na Universidade do Estado da Bahia e na Secretaria de Educação do Estado da Bahia.

Citas

APFELBAUM, et al., 2009, p. 76-80 apud RIBEIRO. Raisa D. Feminismo: O que as feministas querem. Rio de Janeiro: Feminismo Literário, 2021. P. 14-15.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro, Bertrand, 1999.

BRASIL, Lei n º 11.340 de 07 de agosto de 2006. Lei contra a violência doméstica e familiar contra a mulher. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 08 de agosto de 2006.

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

COLASANTI, Marina. O ciúme de todos nós. In: E por falar em amor. 6 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1985.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Violência contra mulheres em 2021/2022. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/03/violencia-contra-mulher-2021-v5.pdf. Acesso em: 26 out. 2022.

FRANCHESCHINI, M. Brasil é o quinto país do mundo em ranking de violência contra a mulher. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/hora1/noticia/2015/11/brasil-e-o-quinto-pais-do-mundo-em-ranking-de-violencia-contra-mulher.html>. Acesso em: 01 dez. 2019.

IPEA.INSTITUTO DE PESQUISA APLICADA ECONOMICA. Elucidando a prevalência de estupro no Brasil apartir de diferentes bases de dados. Brasilia : 2023. https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/11814/1/Publicacao_preliminar_TD_Elucidando_a_prevalencia_de_estupro.pdf .Acesso em janeiro 2023.

LERNER,Gerda. A criação do partriarcado : a história da opressão das mulheres pelos homens. São Paulo: Cultrix, 2019.

OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Elogio da diferença: O feminino emergente. São Paulo: Brasiliense, 1999.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. World book and copyright day: 23 april. [Nova Iorque: ONU, 2020?]. Disponível em: https://www.un.org/en/observances/book-andcopyright-day. Acesso em: 22 de abr. 2022.

Publicado

2023-12-28

Cómo citar

QUADROS , C. de. “ZONA DE PERIGO” : AS VIOLÊNCIAS CONTRA MULHER AINDA RESTA ALGO A FALAR?. Revista Direito e Sexualidade, Salvador, v. 4, n. 2, p. 62–78, 2023. DOI: 10.9771/rds.v4i2.54309. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revdirsex/article/view/54309. Acesso em: 20 dic. 2024.