Administração política e brasileira
o resgate de um rico legado
DOI:
https://doi.org/10.9771/rebap.v0i1.57621Palavras-chave:
Administração Brasileira, Administração Política Brasileira, organização e práxis libertadoras, redução sociológica, Semana de 22Resumo
Já na penúltima década do século XIX, Silvio Romero (1886) advertia sobre a necessidade de reconhecermos a nossa própria “individualidade, intelectual e política” para uma produção literária não mimética da forânea. A partir dos manifestos modernistas de Oswald de Andrade (1924, 1928) e da Redução Sociológica de Alberto Guerreiro Ramos (1965) este ensaio postula o resgate das interpretações do Brasil e do pensamento social brasileiro como referências bibliográficas nos Estudos Organizacionais em nosso ambiente acadêmico e na prática administrativa em geral. Tendo como corpus de análise aquelas obras e sua intertextualidade – ainda que defasadas três décadas as duas primeiras da última – e a partir da hipótese de um “descarrilamento onto-epistemo-metodológico” (Martins, 2023) da produção sobre Administração exportada do centro e reproduzida na periferia, o artigo sugere que a senda trilhada pioneiramente por Guerreiro Ramos (1966) – na análise do formalismo no Brasil – e, mais recentemente, os trabalhos de três grupos de pesquisa acadêmica nacionais: Núcleo de Estudos de Administração Brasileira (ABRAS), o Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGAd)/Universidade Federal Fluminense (UFF) de 1988 em diante Administração Política Brasileira, Núcleo de Pós-Graduação em Administração (NPGA)/ Universidade Federal da Bahia (UFBA) (a partir de 1993) e Organização e Práxis Libertadora Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) / Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (2003 até a presente data), podem resgatar o clamor do Manifesto Antropófago de Andrade. Quem sabe (?), inicia-se, assim, o “banquete do padre Sardinha” dos Estudos Organizacionais de Pindorama?