CONSIDERAÇÕES SOBRE O MITO DO PLANEJAMENTO
Resumo
Diante das demandas diversas apresentadas por uma sociedade complexa e, no caso da Bahia, historicamente desigual e excludente, a função do planejamento das intervenções do governo estadual assume extrema relevância. No entanto, apesar de a profícua produção de documentos oficiais, ações institucionais, setoriais e regionais não promovem significativas mudanças com a consequente e desejável melhoria na qualidade de vida da população. A partir desta questão, apresenta-se neste trabalho a discussão do Planejamento como mito. Embora o texto mencione a possibilidade de distintas perspectivas, a análise foi realizada sob o quadro teórico proposto por Roland Barthes, que o define como sistema semiológico. O Planejamento, ao tempo que constata a realidade principalmente suas características que podem ser quantificáveis), omite a história e despolitiza os procedimentos adotados e propostos, contribuindo para reforçar a alienação da sociedade com respeito aos marcos estruturantes da realidade social.