ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DA MEMÓRIA: UM ESTUDO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE MEMÓRIA SOBRE A DITADURA EMPRESARIAL-MILITAR BRASILEIRA

Autores

  • LUCAS PACHECO CAMPO Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ
  • JOANA D'ARC FERNANDES FERRAZ Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ

Resumo

Este trabalho explorou o tema da memória e do esquecimento coletivo enquanto objeto de pesquisa do campo das ciências da administração, em especial da administração política. Para tanto, realizou uma discussão teórica articulando as possibilidades e os limites de manipulação do arcabouço memorial, focando no papel de gestor da memória coletiva nacional, exercido pelo Estado. Foram estudadas políticas de memória e de esquecimento enquanto instrumentos utilizados no desenvolvimento desse processo de gestão da memória nacional oficial. No entanto, esse debate não se realizou de maneira abstrata e geral, mas, sim, a partir do movimento concreto do desenvolvimento de políticas públicas de memória referentes à ditadura empresarial-militar brasileira. Mais de meio século depois do golpe de 1964, as políticas de memória aqui analisadas demonstram que a posição do Estado segue reforçando os discursos públicos dos vencedores. Através de estratégias que passam pelo esquecimento-manipulação, pelo esquecimento-direcionamento e pelo esquecimento-destruição, conforme definição de Johann Michel (2010), a administração política da memória segue mantendo as memórias de resistência e de luta nos subterrâneos das narrativas oficiais sobre a ditadura empresarial-militar.

 

Palavras-chave: administração política da memória; memória coletiva; políticas públicas; ditadura empresarial-militar.

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Publicado

2017-10-26

Como Citar

CAMPO, L. P.; FERRAZ, J. D. F. ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DA MEMÓRIA: UM ESTUDO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE MEMÓRIA SOBRE A DITADURA EMPRESARIAL-MILITAR BRASILEIRA. Revista Brasileira de Administração Política, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 135, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/rebap/article/view/24552. Acesso em: 20 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos