ENSINO DA ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA E CONSCIÊNCIA DE CLASSE
Resumo
O objetivo do ensaio é mostrar que a formação de uma consciência de classe para a superação de todas as classes é uma finalidade necessária do ensino da administração política quando este está orientado para o desvelamento dos antagonismos estruturais. Discute-se as principais posições ideológicas que se apresentam no debate da formação do administrador e as aquisições do materialismo sobre a relação entre a consciência e sua realidade em que o problema das classes sociais se coloca. Apresenta-se um debate com a “teoria dos gestores” tendo por base esse materialismo, procurando estabelecer os administradores como fração da classe do trabalho e não como classe em si, à parte do capital e do trabalho. O artigo discute o problema da consciência de classe e o ensino da administração política a partir dessa problemática, concluindo que uma tal pedagogia pressupõe uma crítica aguda das condições de possibilidade da subjetividade contraditória aos interesses do ser da classe do trabalhador coletivo, levando-se em conta a explicitação dos próprios administradores como trabalhadores assalariados e as diferenças dentro dessa própria fração em razão da estrutura de comando do capital.
Palavras-chave: ensino, administração política, consciência de classe, antagonismo