BASES TEÓRICAS E CONCEITUAIS DA REFORMA DOS ANOS 1990: CRÍTICA DO PARADIGMA GERENCIALISTA

Autores

  • FREDERICO LUSTOSA DA COSTA Fundação Getúlio Vargas, FGV

Resumo

O trabalho pretende oferecer uma contribuição à crítica ao paradigma gerencialista, a partir da análise de suas bases teóricas e conceituais. Parte do pressuposto de que a emergência da crise financeira global, revelando a fragilidade dos estados nacionais, e o distanciamento temporal das reformas dos anos oitenta e noventa, oferece a  oportunidade para se fazer essa crítica e revelar as bases ideológicas, matrizes teóricas, o quadro conceitual e os desdobramentos práticos da reforma gerencial. A análise contempla a discussão do argumento liberal, os neo-institucionalismos (e a nova economia institucional), a teoria da escolha racional, a teoria da agência e a New Public Management, que merece e recebe um estudo mais detalhado. A crítica ao paradigma  gerencialista evoca questões relativas à natureza humana, à racionalidade dos indivíduos (agentes econômicos e atores políticos), à lógica do  mercado, às relações entre as esferas pública e privada, à desnaturação da política, à equidade, à justiça e à democracia. Não obstante todas as críticas de caráter geral que têm sido feitas e todas as fragilidades de sua aplicação a contextos específicos, o Neo-institucionalismo e a New Public  Management firmaram-se como as bases teóricas da reforma gerencialista e continuam a influenciar mudanças institucionais no Brasil.


Palavras-chave: Reforma do Estado e democracia; neoliberalismo; reforma
gerencial; nova gestão pública; neo-institucionalismo.

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Biografia do Autor

FREDERICO LUSTOSA DA COSTA, Fundação Getúlio Vargas, FGV

Professor-titular da Escola Brasileira de Administração  Pública (Ebape) da Fundação Getúlio Vargas.

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Como Citar

DA COSTA, F. L. BASES TEÓRICAS E CONCEITUAIS DA REFORMA DOS ANOS 1990: CRÍTICA DO PARADIGMA GERENCIALISTA. Revista Brasileira de Administração Política, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 79, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/rebap/article/view/15503. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos