KEYNES E A PROPOSTA DE ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DO CAPITALISMO

Autores

  • REGINALDO SOUZA SANTOS Universidade Federal da Bahia, UFBA

Resumo

É contestável que a reflexão sobre a análise econômica contemporâ- nea à medida que renega ao acervo fóssil as contribuições do passado mais distante vai ficando do futuro — vale dizer, cada vez mais vai ficando difícil encontrar uma saída para a crise atual do capitalismo. É comum ouvir-se nos mais variados fóruns que tratam de política econômica, polí- tica pública ou temas correlatos que o modelo ou a trajetória de desenvolvimento da era tal e/ou que a política econômica qual estão superados. Do ponto de vista do capitalismo em geral, a partir do início dos anos 70, momento em que a ortodoxia assume a hegemonia teórica e, por conseqüência, a condição de formular a política econômica, passou-se a dizer que a política keynesiana era a grande causa da crise e que (por essa razão) os seus fundamentos não serviam mais para guiar e impulsionar os destinos do capitalismo. Por outro lado, com relação à trajetória ou ao modelo de desenvolvimento que foi adotado para a montagem do capitalismo industrial na periferia passou-se a admitir que (também, a partir da crise contemporânea do capitalismo) a sua lógica impedia que essas economias alcançassem um estágio avançado de desenvolvimento e se integrassem competitivamente ao mercado internacional dito globalizado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

REGINALDO SOUZA SANTOS, Universidade Federal da Bahia, UFBA

Bacharelado em Administração Pública, pela Universidade Federal da Bahia (1977); mestrado em Administração Pública, pela Escola Brasileira de Administração Pública e Empresarial (EBAPE) da Fundação Getúlio Vargas (1982); doutorado em Economia, pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP (1991); e pós-doutorado, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão - ISEG da Universidade Técnica de Lisboa - UTL (1997/1998). Atualmente, professor titular do Departamento de Finanças e Políticas Públicas da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e diretor, dezembro de 2004 a dezembro de 2008, sendo reeleito para o período 2009/2013, atuando na graduação, mestrado e doutorado; coordenando estudos em Administração Política, Políticas Públicas, Política Econômica e Finanças Públicas, assim como em projetos técnicos. Autor de livros, capítulos de livros, artigos em periódicos, jornais e anais de congressos. Orientador de teses, dissertações e monografias acadêmicas. Diretor Responsável pela Revista Brasileira de Administração Política (REBAP). Ministra disciplinas, seminários e palestras em diversas IES no Brasil e no exterior. Dentre as atividades pregressas destacam-se: em 1979, vínculo ao Centro de Planejamento do Estado da Bahia CEPLAB, integrando o grupo de estudos que analisou a importância do setor produtivo estatal baiano no processo de desenvolvimento administrativo, institucional, econômico, social e cultural da Bahia. Em julho de 1980, integrou o corpo técnico da recém criada Assessoria Econômica da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, onde permaneceu até junho de 1983, quando se transferiu para a Secretaria de Educação e Cultura; no mesmo ano, ingressou como professor na Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia. Logo depois (1992/1996), assumiu, pela primeira vez, o cargo de diretor da Escola de Administração da UFBA. Principais publicações Administração Política Como Campo do Conhecimento e Teoria das Finanças Públicas no Contexto do Capitalismo , além do trabalho inédito Keynes e a Administração Política do Capitalismo.

Downloads

Como Citar

SANTOS, R. S. KEYNES E A PROPOSTA DE ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DO CAPITALISMO. Revista Brasileira de Administração Política, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 99, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/rebap/article/view/15485. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos