Modernidade e Colonialidade
Estética, Espaço e Política no Palácio da Alvorada
DOI:
https://doi.org/10.9771/ppgaufaufba.v14i0.71549Palavras-chave:
Arquitetura Moderna, Colonialidade, BrasíliaResumo
O artigo examina o Palácio da Alvorada como expressão emblemática da colonialidade inscrita na modernidade arquitetônica brasileira. Embora concebido como símbolo de ruptura e progresso, o edifício revela continuidades históricas entre o projeto modernista de Brasília e as formas de poder herdadas do passado colonial. A análise identifica três dimensões dessa permanência: estética, na apropriação seletiva da tradição luso-colonial; espacial, na separação entre áreas de representação e de serviço; e política, na fusão entre casa e Estado, característica das formações patriarcais e coloniais. Ao interpretar o Alvorada como um “monumento de ocupação moderna”, o estudo propõe repensar a arquitetura de Brasília, a partir de uma leitura de autores e autoras da teoria decolonial, evidenciando como a utopia modernista se apoia em estruturas simbólicas e sociais excludentes. Assim, o artigo contribui para repensar o papel da arquitetura na construção — e na reprodução — das hierarquias de poder no espaço moderno.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Cadernos PPG-AU/FAUFBA

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.