Lutas por Remoção
Trajetórias de Moradia e Políticas de Desapropriação em Salvador
DOI:
https://doi.org/10.9771/ppgaufaufba.v14i0.71150Palavras-chave:
Assentamentos informais, Desenvolvimento urbano, ReassentamentoResumo
Este artigo examina trajetórias de moradia e a política da desapropriação em Salvador. Ele mostra como a ameaça de remoção em um bairro periférico acendeu a esperança de moradia entre pessoas sem-teto. Ao formar uma ocupação dentro do Parque São Bartolomeu, esses moradores buscaram estrategicamente a inclusão em um projeto de desenvolvimento urbano que prometia reassentamento em conjuntos habitacionais após a remoção. Com base em trabalho de campo etnográfico, o artigo analisa as lutas por remoção e suas contestações através das perspectivas dos moradores, de funcionários públicos, e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, que se tornou um aliado dos ocupantes e ofereceu mediação com as autoridades públicas. A etnografia revela uma luta distinta por moradia, na qual os moradores não resistiram à remoção, mas, ao contrário, a esperavam como meio para alcançar o reassentamento, e os resultados ambivalentes do ‘regime de desapropriação’ de Salvador e sua expansão de bairros periféricos.
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