Instrumentos de Propriedade Industrial no Setor de Beneficiamento Mineral Brasileiro: aplicações práticas no segmento de rochas ornamentais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/cp.v15i4.48509

Palavras-chave:

Propriedade Industrial, Setor Mineral, Rochas Ornamentais.

Resumo

Neste artigo pretende-se realizar um levantamento da possibilidade de aplicações práticas, em exemplos selecionados, de instrumentos de propriedade industrial no setor de beneficiamento mineral brasileiro, especificamente da cadeia produtiva de rochas ornamentais. Em termos metodológicos, utilizou-se tanto dados secundários quanto primários. Como fonte primária de dados, utilizou-se a base do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Definiu-se quatro dimensões da propriedade industrial para realização das buscas: patente, desenho industrial, indicações geográficas e marcas. Como principal conclusão identificou-se que a utilização dos instrumentos de proteção está evidenciada, inclusive com a percepção de preocupação ambiental e reconhecimento do vínculo entre localização e atividade produtiva (caso das IGs). No entanto, o estudo não é suficiente para verificar a efetividade de cada instrumento como ferramenta de estímulo à inovação, à expansão da atividade e à valorização do produto. Nesse sentido, há a necessidade de estudos mais aprofundados, inclusive nos segmentos associados, como equipamentos e insumos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Uonis Raasch Pagel, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória ES, Brasil

Graduado nos cursos de Tecnologia em Petróleo e Gás (2012) pela Faculdade de Tecnologia FAESA (CET-FAESA), e de Bacharelado em Gemologia (2015) pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Mestre em Engenharia e Desenvolvimento Sustentável (2017), na área de concentração Gestão Sustentável e Energia, pela UFES. Membro da Comissão Própria de Avaliação de Curso (CPAC) de Gemologia, de 2015 a 2017. Atualmente é Doutorando em Economia, pela UFES. Realiza estudos e pesquisas nas áreas de geociências, do setor energético e de propriedade industrial.

Jaqueline Carolino, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória ES, Brasil

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, (1999), mestrado em Economia pela UFES (2005) e doutorado em Propriedade Intelectual e Inovação pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) (2020). Atualmente é professora pesquisadora da UFES e está lotada no Departamento de gemologia da UFES em nível C - Adjunto III.

Referências

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15012: Rochas para revestimentos de edificações – Terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.

ANM – AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO. Informe mineral. Brasília, DF: ANM, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/anm/pt-br/centrais-de-conteudo/dnpm/informes/informe-mineral-2019-2o-semestre. Acesso em: 28 jun. 2021.

ASSAFIM, J. M. L. Funções da Propriedade Intelectual: abuso de direito de marca e sinais desprovidos de poder distintivo – notas sob a ótica da livre concorrência. In: ENCONTRO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DO CONPEDI, 1., 2014, Barcelona (Espanha). Anais [...]. v. 8. Florianópolis: Laborum, 2014.

BARBOSA, D. B. Uma introdução à propriedade intelectual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003.

BARBOSA, P. M. S.; FERNANDES, L. R. R. M. V.; LAGE, C. L. S. Quais são as indicações geográficas brasileiras? Revista Brasileira de Pós-Graduação, Brasília, DF, v. 10, n. 20, p. 317-347, 2013.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 maio, 1996.

BUAINAIN, A. M. et al. Sete teses sobre o mundo rural brasileiro. Revista de Política Agrícola, [s.l.], ano 22, n. 2, p. 105-121, 2013.

CALMON, J. L.; SILVA, S. A. C. Mármore e Granito no Espírito Santo: problemas ambientais e soluções. In: DOMINGUES, A. F.; BOSON, P. H. G.; ALÍPAZ, S. A gestão de recursos hídricos e a mineração. Brasília, DF: ANA/IBRAM, 2006. p. 199-231.

CAROLINO, J. et al. Indicações Geográficas: potencialidades no estado do Espírito Santo. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 55., 2017, Santa Maria (RS). Anais [...]. Brasília, DF: SOBER, 2017.

CAROLINO, J. et al. Indicação Geográfica: o potencial da torta de mariscos da Ilha das Caieiras – Vitória/ES. In: RODRIGUES, J. F. (org.). Inovação, Gestão e Sustentabilidade. 1. ed. Ponta Grossa (PR): Atena Editora, 2019a. v. 1, p. 331-338.

CAROLINO, J. et al. Instrumentos de Propriedade Intelectual na Indústria de Alimentos: possibilidades no segmento de café. In: RODRIGUES, Jaqueline Fonseca (org.). Inovação, Gestão e Sustentabilidade 2. 2. ed. Ponta Grossa (PR): Atena Editora, 2019b. v. 2, p. 22-33.

CAROLINO, J. Tendências tecnológicas em embalagens ativas e inteligentes para alimentos: uma análise através dos depósitos de patentes nos segmentos de café, carne bovina e frutas. 2020. 167f. Tese (Doutorado em Propriedade Intelectual e Inovação) – Academia de Propriedade Intelectual Inovação e Desenvolvimento, Rio de Janeiro, 2020.

CARVALHO, S. M. P. Propriedade intelectual na agricultura. 2003. 183f. Tese (Doutorado em Política Científica e Tecnológica) – Programa de Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica, Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências, Campinas, 2003.

CARVALHO, S. M. P.; SALLES FILHO, S. L. M.; PAULINO, S. R. Propriedade Intelectual e Dinâmica de Inovação na Agricultura. Revista de Inovação, [s.l.], v. 5, n. 2, p. 315-340, 2006.

CUNHA, C. B. V. Indicações Geográficas: regulamentação nacional e compromissos internacionais. 2011. 272f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

FÁVERO, K. C.; PIMENTEL, L. O. Desenho Industrial. In: PIMENTEL, L. O. (org.). Propriedade intelectual e inovações: marco conceitual e regulatório. 3. ed. Brasília, DF: MAPA; Florianópolis: EaD/UFSC, 2012. p. 154-169.

GANDELMAN, M. Regimes internacionais. In: GANDELMAN, M. (org.). Poder e conhecimento na economia global: o regime internacional da propriedade intelectual da sua formação às regras de comércio atuais. Rio de Janeiro: Grupo Editorial Record, 2004. p. 37-110.

GIESBRECHT, H. O.; MINAS, R. B. A. (coord.). Indicações geográficas brasileiras: rochas ornamentais e de revestimento. Brasília: SEBRAE/INPI, 2016. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/backup/arquivos/catalogo_IG_pedras_e_rochas_web.pdf. Acesso em: 29 jun. 2021.

HELPMAN, E. Innovation, imitation, and intellectual property rights. Econometrica, [s.l.], v. 61, n. 6, p. 1.247-1.280, 1993.

IBRAM – INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO. Mineração em números. Belo Horizonte: IBRAM, 2021. Disponível em: file:///C:/Users/Uonis/Downloads/infografico-mineracao-em-numeros-1o-TRI2021-FINAL.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.

INSTITUTO MINERE. Governança corporativa aplicada a recursos e reservas minerais. Belo Horizonte: Instituto Minere, 2019. Disponível em: file:///C:/Users/Uonis/Downloads/EbookGovernanaCorporativaaplicadaaRecursoseReservasMinerais-IM1.pdf. Acesso em: 16 jun. 2021.

INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Manual de Indicações Geográficas. Minuta da 1. ed. Rio de Janeiro: INPI, 2020a.

INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Pedidos de Indicação Geográfica no Brasil. Rio de Janeiro: INPI, 2020b. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/indicacoes-geograficas/pedidos-de-indicacao-geografica-no-brasil. Acesso em: 15 jun. 2021.

INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Indicações Geográficas Brasileiras. Rio de Janeiro: INPI, 2020c. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/indicacoes-geograficas/explorador-de-indicacoes-geograficas. Acesso em: 15 jun. 2021.

INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Propriedade Intelectual. Rio de Janeiro: INPI, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/rede-mcti/cetem/pesquisa-e-desenvolvimento/propriedade-intelectual. Acesso em: 1º jul. 2021.

LOCATELLI, L. Indicações Geográficas: a proteção jurídica sob a perspectiva do desenvolvimento econômico. Curitiba: Juruá, 2008.

LUZ, A. B.; LINS, F. A. F. Introdução ao Tratamento de Minérios. Rio de Janeiro: CETEM, 2010.

MACEDO, M. F. G.; BARBOSA, A. L. F. Patentes, pesquisa e desenvolvimento: um manual de propriedade intelectual. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2000.

MELLO, M. T. L. Propriedade Intelectual e Concorrência. Revista Brasileira de Inovação, [s.l.], v. 8, n. 2, p. 371-402, 2010.

MELLO, M. T. L.; ESTEVES, H. B. O jurídico e o econômico na noção de direitos de propriedade intelectual. In: HERSCOVICI, A. (org.). Direitos de propriedade intelectual e inovação: uma análise econômica além das evidências. Vitória: EDUFES, 2015. p. 46-72.

MOREIRA, G. R. As Indicações Geográficas brasileiras e suas nominações: uma discussão sob a perspectiva dos nomes geográficos. 2018. 235f. Tese (Doutorado em Propriedade Intelectual e Inovação) – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, Rio de Janeiro, 2018.

NEVES, M. A. et al. Lama de beneficiamento de rochas ornamentais processadas no Espírito Santo: composição e aproveitamento. Revista Geociências, [s.l.], v. 40, n. 1, p. 123-136, 2021.

RAMELLO, G. B. What’s in a sign? Trademark law and economic theory. Journal of Economic Surveys, [s.l.], v. 20, n. 4, p. 547-565, 2006.

SANTOS, A.; ANTUNES, A. M. S. Uso de patentes como fonte de informação tecnológica. In: ANTUNES, A. M. S.; MAGALHÃES, J. L. (org.). Patenteamento & Prospecção Tecnológica no Setor Farmacêutico. Rio de Janeiro: Interciência, 2008. p. 43-52.

SILVEIRA, L. L. L; VIDAL, F. W. H.; SOUZA, J. C. Beneficiamento de rochas ornamentais. In: VIDAL, F. W. H.; AZEVEDO, H. C. A.; CASTRO, N. F. (ed.). Tecnologia de rochas ornamentais: pesquisa, lavra e beneficiamento. Rio de Janeiro: CETEM/MCTI, 2014. p. 327- 398.

WIPO – WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION. What is Intellectual Property? 2020. Disponível em: https://www.wipo.int/about-ip/en/. Acesso em: 25 jun. 2021.

WIPO – WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION; OMPI – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL; INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Curso Geral de Propriedade Intelectual DL-101P BR. [S.l.]: WIPO/OMPI/INPI, 2016.

Downloads

Publicado

2022-10-01

Como Citar

Pagel, U. R., & Carolino, J. . (2022). Instrumentos de Propriedade Industrial no Setor de Beneficiamento Mineral Brasileiro: aplicações práticas no segmento de rochas ornamentais. Cadernos De Prospecção, 15(4), 1291–1307. https://doi.org/10.9771/cp.v15i4.48509

Edição

Seção

Prospecções Tecnológicas de Assuntos Específicos