Patentes e Inovação: estudo de caso em um hospital
DOI:
https://doi.org/10.9771/cp.v15i3.48015Palavras-chave:
Inovação, Patentes, Saúde.Resumo
Este artigo consiste em um estudo de caso, com abordagem qualitativa, que tem como objetivo analisar as patentes solicitadas e concedidas a uma organização líder em inovação em serviços médicos hospitalares no Brasil. O caso a ser estudado foi selecionado considerando a primeira colocação no ranking Prêmio Valor Inovação Brasil 2020, na categoria “serviços médicos”: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. Os dados foram coletados a partir da busca por pedidos de patentes, tendo como titular o Einstein, entre os anos de 2016 e 2021, nas bases Google Patents e Espacenet. Foram verificados 17 pedidos de patentes, com maior incidência de inovações abertas, incrementais, de processo e produto, em patentes de invenção, e sem parecer definitivo expedido no Brasil. O estudo apresenta potencial interesse para a área de inovação em saúde e para o desenvolvimento do olhar crítico para questões de propriedade intelectual e soluções inovadoras.
Downloads
Referências
BARBOSA, P. R. Inovação em Serviços de Saúde: dimensões analíticas e metodológicas na dinâmica de inovação em hospitais. 2009. 155f. Tese (Doutorado) – Curso de Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2009.
BARBOSA, P. R.; GADELHA, C. A. G. O papel dos hospitais na dinâmica de inovação em saúde. Rev. Saúde Pública, [s.l.], v. 46, p. 68-75, 2012.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. 7. ed. Editora Lisboa, 1977.
BRASIL. Lei n. 9.279/96. Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm. Acesso em: 24 out. 2021.
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde: ciência e tecnologia em saúde. Brasília, DF: Conass, 2007. 166p.
BROWN, T. Design thinking. Harvard Business Review, [s.l.], v. 86, n. 6, p. 85-92, jun. 2008.
CAETANO, R.; VIANNA, C. M. M. Processo de inovação tecnológica em saúde: uma análise a partir da organização indústria. Cadernos Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 95-112, mar. 2006.
CAF – CORPORACIÓN ANDINA DE FOMENTO. Banco de Desenvolvimento da América Latina. As patentes como indicadores de inovação tecnológica. 2019. (Elaborada por Helen Casanova). Disponível em: https://www.caf.com/pt/conhecimento/visoes/2019/08/as-patentes-como-indicadores-de-inovacao-tecnologica/. Acesso em: 24 out. 2021.
CARVALHO, H. G.; REIS, D. R.; CAVALCANTE, M. B. Gestão da Inovação. Curitiba: Ayamará, 2011. 138 p.
CHESBROUGH, H. W. The Era of Open Innovation. In: MIT, Sloan Management Review. Top 10 Lessons on the New Business Innovation. Cambridge: Sloanselect Collection, 2011. p. 35-41.
CURLEY, M.; SALMELIN, B. Open Innovation 2.0. A New Paradigm. In: INNOVATION4EU, 1., 2013, Europe. Conference paper. Europe: European Comission, 2013.
DATASEBRAE. Conhecer o PIB te ajuda a entender o passado e programar o futuro: PIB por setor. [2020]. Disponível em: https://datasebrae.com.br/pib/?pagina=evolucao-do-pib&ano=2020. Acesso em: 6 jan. 2021.
DI BLASI, G. A propriedade industrial: os sistemas de marcas, patentes e desenhos industriais analisados a partir da Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
EINSTEIN. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. O Einstein e seu papel junto ao SUS. 2017. Disponível em: https://www.einstein.br/noticias/noticia/einstein-e-seu-papel-junto-ao-sus. Acesso em: 15 dez. 2021.
EINSTEIN. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Inovação no Einstein. 2020a. Disponível em: https://www.einstein.br/estrutura/inovacao. Acesso em: 28 out. 2021.
EINSTEIN. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Pesquisa. 2020b. Disponível em: https://www.einstein.br/pesquisa. Acesso em: 15 dez. 2021.
ETZKOWITZ, Henry; ZHOU, Chunyan. Hélice Tríplice: inovação e empreendedorismo universidade-indústria-governo. Estudos Avançados, [s.l.], v. 31, n. 90, p. 23-48, maio 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0103-40142017.3190003. Acesso em: 1º fev. 2022.
FAGUNDES, Mariana Costa et al. Perfil tecnológico da CNS: um estudo patentométrico. Review Of Administration And Innovation - Rai, [s.l.], v. 11, n. 1, p. 276-294, 13 abr. 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5773/rai.v11i1.1307. Acesso em: 5 maio 2022.
FIOCRUZ – FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030: diretrizes para a prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2012. Disponível em: https://saudeamanha.fiocruz.br/wp-content/uploads/2016/07/saude-2030livro_0.pdf. Acesso em: 24 out. 2021.
FIREMAN, M. A. A. Avanços e Desafios no Complexo Industrial em Produtos para a Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/avancos_desafios_complexo_industrial_produtos_saude.pdf. Acesso em: 24 out. 2021.
FREEL, M. S.; HARRISON, R. T. Innovation and Cooperation in the Small Firm Sector. Regional Studies: Evidence from ‘Northern Britain’, [s.l.], v. 40, n. 4, p. 289-305, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1080/00343400600725095. Acesso em: 6 jan. 2022.
FLORÊNCIO, M. N. S.; JUNIOR, A. M. O.; ABUD, A. K. S. Desenvolvimento tecnológico da biotecnologia para a saúde no Brasil. International Journal of Innovation, São Paulo, v. 8, n. 3, p. 541-563, 2020. Disponível em: http://www.spell.org.br/documentos/ver/61155/desenvolvimento-tecnologico-da-biotecnologia-para-a-saude-no-brasil. Acesso em: 24 out. 2021.
GADELHA, C. et al. O Complexo Econômico-Industrial da Saúde no Brasil: dinâmica de inovação e implicações para o Sistema Nacional de Inovação em saúde. Revista Brasileira de Inovação, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 251-282, julho-dezembro 2013. Disponível em: https://doi.org/10.20396/rbi.v12i2.8649062. Acesso em: 12 out. 2021.
GULDBRANDSEN, M. Design innovation. In: TSEKLEVES, E.; COOPER, R. Design for Health. New York: Routledge, 2017. p. 279-281.
INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Guia Básico. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/patentes/guia-basico. Acesso em: 28 out. 2021.
INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. INPI: Metas e Resultados. Balanço da gestão 2015-2018. 2019. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/backup/arquivos/INPI_metas_e_resultados_balanco_gestao_20152018.pdf. Acesso em: 25 jan. 2022.
INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Patentes. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/perguntas-frequentes/patentes. Acesso em: 28 out. 2021.
JUNGMANN, D. M. Inovação e propriedade intelectual: Guia para o docente. Brasília, DF: Senai, 2010. Disponível em: https://www.portaldaindustria.com.br/cni/canais/propriedade-intelectual/publicacoes/inovacao-e-propriedade-intelectual-guia-para-o-docente/. Acesso em: 28 out. 2021.
LAZZAROTTI, V. et al. Collaborations with Scientific Partners: the mediating role of the social context in fostering innovation performance. Creativity And Innovation Management, [s.l.], v. 25, n. 1, p. 142-156, 2015. Disponível em: https://doi.org/doi:10.1111/caim.12158. Acesso em: 6 jan. 2022.
LEMBER, V. et al. Understanding the relationship between infrastructure public–private partnerships and innovation. Annals Of Public and Cooperative Economics, [s.l.], p. 1-21, 2018. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/apce.12232. Acesso em: 6 jan. 2022.
LOPES, J. B. et al. Elementos da inovação nas organizações. Espacios, [s.l.], v. 37, n. 13, p. 1-11, fev. 2016.
MACEDO, M. F. G.; BARBOSA, A. L. F. Patentes, pesquisa e desenvolvimento: um manual de propriedade intelectual. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2000. 164p. Disponível em: https://static.scielo.org/scielobooks/6tmww/pdf/macedo-8585676787.pdf. Acesso em: 28 out. 2021.
MAYFIELD, Denise L. Medical Patents and How New Instruments or Medications Might Be Patented. Missouri Medicine, [s.l.], v. 113, n. 6, p. 456-462, 2016. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6139778/pdf/ms113_p0456.pdf. Acesso em: 1º fev. 2022.
MORAIS, Sara Peres; GARCIA, Joana Coeli Ribeiro. O estado da arte da patentometria em periódicos internacionais da ciência da informação. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE BIBLIOMETRIA E CIENTOMETRIA, 4., 2014, Recife. Anais [...]. Recife: BRAPCI, 2014. v. 4, p. 1-7. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/45400. Acesso em: 1º fev. 2022.
MOURA, A. M. M. et al. Panorama das patentes depositadas no Brasil: uma análise a partir dos maiores depositantes de patentes na base Derwent Innovations Index. Brazilian Journal of Information Studies, [s.l.], v. 13, n. 2, p. 59-68, 2019.
OCDE – ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3. ed. FINEP, 2006. 184p. Disponível em: http://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf. Acesso em: 10 jan. 2021.
OLIVEIRA, E. F. T. Estudos Métricos da Informação no Brasil: indicadores de produção, colaboração, impacto e visibilidade. Editora Cultura Acadêmica, Universidade Estadual Paulista (UNESP), 2018. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/estudos-metricos-da-informacao-no-brasil---e-book.pdf. Acesso em: 28 out. 2021.
PACHECO, L. M.; GOMES, E.; SILVEIRA, M. A. Gestão da Inovação em empresas brasileiras: uma análise comparativa de propostas metodológicas. In: XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 18., 2013, Salvador. Anais [...]. Salvador: Enegep, 2013. p. 1-13. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STO_184_048_22979.pdf. Acesso em: 5 jan. 2021.
PAGE, T. Notions of innovation in healthcare services and products. International Journal of Innovation and Sustainable Development, Loughborough, v. 8, n. 3, p. 217, 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1504/ijisd.2014.066609. Acesso em: 24 out. 2021.
PLA, M. C. G.; BURTCHAELL, L. Managing intellectual property rights in innovation: the key to reaching the market. The key to reaching the market. In: World Intellectual Property Organization. [2021]. Disponível em: https://www.wipo.int/wipo_magazine/en/2021/01/article_0009.html. Acesso em: 24 out. 2021.
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. RS: Feevale, 2013.
SANTOS, T. G. S. et al. propriedade intelectual na saúde. in: encontro internacional de produção científica UNICESUMAR, 2015, Maringá. Anais [...]. Maringá: Unicesumar, 2015. p. 1-8. Disponível em: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2555. Acesso em: 24 out. 2021.
SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre os lucros, capital, crédito, juros e o ciclo econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
SILVA, G. F. A. et al. Inovação Tecnológica em Serviços Hospitalares: um estudo de caso. In: Simpósio de gestão da inovação tecnológica, 2010, Vitória. Anais [...]. Vitória: Anpad, 2010. p. 1-17. Disponível em: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/simposio234.pdf. Acesso em: 28 out. 2021.
STRATEGY&. Prêmio Valor Inovação Brasil 2020. 2020. Disponível em: https://www.strategyand.pwc.com/br/pt/inovacao-brasil-2020.html. Acesso em: 28 out. 2021.
TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Gestão da Inovação. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.
WENG, R. H.; HUANG, C. Y. The impact of exploration and exploitation learning on organisational innovativeness among hospitals: an open innovation view. Routledge, [s.l.], p. 119-132, ago. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/09537325.2016.1210120. Acesso em: 14 dez. 2021.
WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION; WIPO – WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION; WTO – WORLD TRADE ORGANIZATION. Promoting Access to Medical Technologies and Innovation: intersections between public health, intellectual property and trade. 2. ed. Genebra: WHO, 2020. 352p. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240008267. Acesso em: 24 out. 2021.
WIPO – WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION. IPC Publication. 2022. Disponível em: https://ipcpub.wipo.int. Acesso em: 7 jan. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Cadernos de Prospecção
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O autor declara que: - Todos os autores foram nomeados. - Está submetendo o manuscrito com o consentimento dos outros autores. - Caso o trabalho submetido tiver sido contratado por algum empregador, tem o consentimento do referido empregador. - Os autores estão cientes de que é condição de publicação que os manuscritos submetidos a esta revista não tenham sido publicados anteriormente e não sejam submetidos ou publicados simultaneamente em outro periódico sem prévia autorização do Conselho Editorial. - Os autores concordam que o seu artigo ou parte dele possa ser distribuído e/ou reproduzido por qualquer forma, incluindo traduções, desde que sejam citados de modo completo esta revista e os autores do manuscrito. - Revista Cadernos de Prospecção está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 4.0. Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.