Cadernos de Prospecção: uma brisa de esperança e alento em tempos difíceis

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DOI:

https://doi.org/10.9771/cp.v13i3.36895

Resumo

Vimos um tempo de mudanças. Mudanças de hábitos, costumes, tradições, que passam pelo repensar de hábitos simples (como um aperto de mãos e os abraços calorosos – que tanto caracterizam nossa brasilidade), mas também por reflexões mais profundas. Com toda a certeza, tais reflexões passarão por uma adequação e valorização do papel da Ciência e da Tecnologia em nossas sociedades.

É estranho que no florescer do século XXI ainda estejamos falando da valorização da Ciência. Isso porque em boa medida, o que define nosso avanço enquanto sociedade passa, necessariamente, pelo avanço da Ciência (e aqui trato Ciência em seu sentido mais lato, independente da área do conhecimento). Porém, em diversas partes do mundo, o questionamento aos princípios da Ciência foram colocados em cheque. É bom que se explique que a dúvida está na raiz do método científico, e ser colocado em cheque não é, necessariamente, um problema para os profissionais da Ciência. O problema está na qualidade das dúvidas apresentadas.

Colocar em dúvida o formato da Terra, o movimento dos astros celestes, a eficácia de procedimentos médicos não são, em verdade, dúvidas, mas um emaranhado de suposições e crenças conspiratórias. A ciência precisa ser questionada, posta em cheque, mas de forma qualificada e tendo por base o próprio método científico. Só assim teremos uma ciência propriamente evolucionária.

Essa edição da Revista Cadernos de Prospecção é um exemplo claro do que estamos falando. Ao dedicar boa parte dos artigos publicados ao levantamento prospectivo e crítico de inúmeras tecnologias, possibilita aos pesquisadores e interessados uma visão ampla e atualizada do “estado da arte” em diferentes setores e áreas do saber. É o exemplo de que o conhecimento científico, aliado aos interesses da sociedade civil gera resultados que vão muito além de bibliometrias frias e sem relações com o desenvolvimento científico, econômico e social.

Os 22 artigos aqui publicados demonstram como é possível alinhar os interesses da academia com os problemas reais da sociedade. Mostram, também, que existe uma rede muita bem montada de saberes e investigações, em parte capitaneada pelos esforços das centenas de alunos e docentes ligados ao Profnit, em todo o país. Isso fica evidenciado pela participação dos 84 autores (oriundos de 22 organizações diferentes e de 5 regiões do Brasil e Distrito Federal), que submeteram seus trabalhos ao rigoroso crivo da Revista. Todo esse esforço é como uma brisa de esperança e um alento em tempos tão difíceis.

Desejo a todos uma leitura prazerosa e parabenizo aos autores, avaliadores e revisores pela excelente edição da Cadernos de Prospecção.

 

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Biografia do Autor

Claudio Vinicius Silva Farias, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/2059771065497424

Doutor em Desenvolvimento Rural (PGDR/UFRGS). Mestrado em Economia (Unisinos). Graduado em Administração de Empresas (UFRGS). Ganhador do Prêmio Edson Potsch Magalhães, pela melhor Tese de Doutorado em Economia Rural no ano de 2016, concedido pela Sociedade Brasileira de Administração, Economia e Sociologia Rural (SOBER). Experiência docente e de pesquisa na área de Administração e Economia Industrial, atuando principalmente nos seguintes temas: Cooperação e Coordenação de Setores Produtivos, Economia Institucional, Competitividade, Inovação e Aprendizagem Organizacional e Tecnológica, Educação Empreendedora e Empreendedorismo. Atualmente é Coordenador do Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (PROFNIT), ponto focal IFRS. Professor Dedicação Exclusiva do Campus Porto Alegre do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.

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Publicado

2020-05-29

Como Citar

Farias, C. V. S. (2020). Cadernos de Prospecção: uma brisa de esperança e alento em tempos difíceis. Cadernos De Prospecção, 13(3), 597. https://doi.org/10.9771/cp.v13i3.36895

Edição

Seção

Editorial