Indicação Geográfica: mapeamento e análise sistêmica das publicações
DOI:
https://doi.org/10.9771/cp.v14i2.32094Palavras-chave:
Indicação geográfica, Análise bibliométrica, Análise sistêmicaResumo
Este artigo tem como objetivo realizar um mapeamento das pesquisas científicas sobre Indicação Geográfica (IG) de forma a identificar seu panorama atual. Observou-se que a IG é um tema que tem ganhado visibilidade no meio científico com publicações relevantes de outros autores da Revista de Prospecção. Por meio de busca em bases de dados, foi possível obter a seleção de um Portfólio Bibliográfico (PB) relevante de 36 artigos, de acordo com os critérios definidos na pesquisa. Destes, tem-se o artigo de Sarah K. Bowen (2010) como destaque do portfólio. O principal periódico é o World Development com sete artigos do PB publicados. Por meio da relação entre os principais artigos da análise bibliométrica com as características da análise sistêmica, conclui-se que um artigo de destaque em Indicação Geográfica possui abordagem qualitativa, com a utilização de, principalmente, entrevistas, sendo possível identificar diversos fatores considerados como desafios e vantagens na obtenção da Indicação Geográfica.
Downloads
Referências
AFONSO, M. H. F. Et al. Como construir conhecimento sobre o tema de pesquisa? Aplicação do processo Proknow-C na busca de literatura sobre avaliação do desenvolvimento sustentável. Revista de Gestão Social e Ambiental, [s.l.], v. 5, n. 2, p. 47-62, 2011.
AGOSTINO, Mariarosaria; TRIVIERI, Francesco. Geographical indication and wine exports. An empirical investigation considering the major European producers. Food Policy, [s.l.], v. 46, p. 22-36, 2014.
ALBAYRAK, Mevhibe; GUNES, Erdoğan. Implementations of geographical indications at brand management of traditional foods in the European Union. African Journal of Business Management, [s.l.], v. 4, n. 6, p. 1.059-1.068, 2010.
AZEVEDO, R. C. et al. Avaliação de desempenho do processo de orçamento: estudo de caso em uma obra de construção civil. Ambiente Construído (Online), [s.l.], v. 11, p. 85-104, jan.-mar. 2011.
BARJOLLE, Dominique; PAUS, Marguerite; PERRET, Anna O. Impacts of geographical indications-review of methods and empirical evidences. 2009.
BARJOLLE, Dominique et al. The Role of the State for Geographical Indications of Coffee: Case Studies from Colombia and Kenya. World Development, [s.l.], v. 98, p. 105-119, 2017.
BELLETTI, Giovanni et al. Linking protection of geographical indications to the environment: Evidence from the European Union olive-oil sector. Land Use Policy, [s.l.], v. 48, p. 94-106, 2015.
BELLETTI, Giovanni; MARESCOTTI, Andrea; TOUZARD, Jean-Marc. Geographical indications, public goods, and sustainable development: The roles of actors’ strategies and public policies. World Development, [s.l.], v. 98, p. 45-57, 2017.
BIÉNABE, Estelle; MARIE-VIVIEN, Delphine. Institutionalizing geographical indications in southern countries: lessons learned from Basmati and Rooibos. World Development, [s.l.], v. 98, p. 58-67, 2017.
BOWEN, Sarah; ZAPATA, Ana Valenzuela. Geographical indications, terroir, and socioeconomic and ecological sustainability: The case of tequila. Journal of Rural Studies, [s.l.], v. 25, n. 1, p. 108-119, 2009.
BOWEN, Sarah. Embedding local places in global spaces: Geographical indications as a territorial development strategy. Rural Sociology, [s.l.], v. 75, n. 2, p. 209-243, 2010.
BOWEN, Sarah. Development from within? The potential for geographical indications in the global south. The Journal of World Intellectual Property, [s.l.], v. 13, n. 2, p. 231-252, 2010.
BORTOLUZZI, S. C. et al. Avaliação de desempenho em redes de pequenas e médias empresas: estado da arte para as delimitações postas pelo pesquisador. Revista Eletrônica Estratégia & Negócios, [s.l.], v. 4, n. 2, 2011.
BRASIL. Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996. Regula sobre direitos e obrigações relativos à propriedade intelectual. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm. Acesso em: 3 mar. 2021.
CHAVES, L. C. et al. Sistemas de apoio à decisão: mapeamento e análise de conteúdo. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa. [s.l.], v. 12, n. 1, p. 6-22. 2013.
DESELNICU, Oana C. et al. A meta-analysis of geographical indication food valuation studies: what drives the premium for origin-based labels? Journal of Agricultural and Resource Economics, [s.l.], p. 204-219, 2013.
DENTONI, Domenico; MENOZZI, Davide; CAPELLI, Maria Giacinta. Group heterogeneity and cooperation on the geographical indication regulation: The case of the “Prosciutto di Parma” Consortium. Food Policy, [s.l.], v. 37, n. 3, p. 207-216, 2012.
DE LIMA MEDEIROS, Mirna; PASSADOR, João Luiz. Indicações Geográficas e Turismo: possibilidades no contexto brasileiro. Perspectivas Contemporâneas, [s.l.], v. 10, n. 3, p. 56-79, 2015.
DURAND, Claire; FOURNIER, Stéphane. Can geographical indications modernize Indonesian and Vietnamese agriculture? Analyzing the role of national and local governments and producers’ strategies. World Development, [s.l.], v. 98, p. 93-104, 2017.
ENSSLIN, L.; ENSSLIN, S. R.; PACHECO, G. C. Um estudo sobre segurança em estádios de futebol baseado na análise bibliométrica da literatura internacional. Perspectivas em Ciência da Informação, [s.l.], v. 17, n. 2, p. 71-91, 2012.
ENSSLIN, L. et al. Avaliação do desempenho de empresas terceirizadas com o uso da metodologia multicritério de apoio à decisão -construtivista. Pesquisa Operacional, [s.l.], v. 30, p. 125-152, 2010.
ENSSLIN, L.; ENSSLIN, S. R.; PINTO, H. M. Processo de investigação e análise bibliométrico: avaliação da qualidade dos serviços bancários. Revista de Administração Contemporânea, [s.l.], v. 17, n. 3, p. 325-349, 2013.
FLORES, S. S.; TONIETTO, J.; TAFFAREL, J. C. Painel de indicadores para avaliação das indicações geográficas de vinhos brasileiros. Cadernos de Prospecção, Salvador, v. 12, n. 4, 2019.
GALTIER, Franck; BELLETTI, Giovanni; MARESCOTTI, Andrea. Factors constraining building effective and fair geographical indications for coffee: Insights from a Dominican case study. Development Policy Review, [s.l.], v. 31, n. 5, p. 597-615, 2013.
GANGJEE, Dev S. Proving provenance? Geographical indications certification and its ambiguities. World Development, [s.l.], v. 98, p. 12-24, 2017.
GIOVANNUCCI, Daniele; BARHAM, Elizabeth; PIROG, Richard. The Journal of World Intellectual Property, [s.l.], v. 13, n. 2, p. 94-120, 2010.
GROTE, Ulrike. Environmental labeling, protected geographical indications and the interests of developing countries. Estey Journal of International Law and Trade Policy, [s.l.], v. 10, n. 1753-2016-141181, p. 94, 2009.
ILBERT, Hélène; PETIT, Michel. Are geographical indications a valid property right? Global trends and challenges. Development Policy Review, [s.l.], v. 27, n. 5, p. 503-528, 2009.
INPI – INSTITUTIO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Instrução Normativa n. 95, de 28 de dezembro de 2018. [2018]. Disponível em: file:///C:/Users/drimaues/Downloads/IN952018%20(2).pdf. Acesso em: 28 nov. 2019.
JENA, Pradyot R.; GROTE, Ulrike. Changing institutions to protect regional heritage: a case for geographical indications in the Indian agrifood sector. Development Policy Review, [s.l.], v. 28, n. 2, p. 217-236, 2010.
JENA, Pradyot R.; GROTE, Ulrike. Impact evaluation of traditional Basmati rice cultivation in Uttarakhand State of Northern India: what implications does it hold for Geographical Indications? World Development, [s.l.], v. 40, n. 9, p. 1.895-1.907, 2012.
KIREEVA, Irina. How to register geographical indications in the European Community. World Patent Information, [s.l.], v. 33, n. 1, p. 72-77, 2011.
LACERDA, R. T. O.; ENSSLIN, L.; ENSSLIN, S. R. A performance measurement framework in portfolio management: A constructivist case. Management Decision, [s.l.], v. 49, n. 3- 4, p: 648-668, 2011.
LACERDA, R. T. O.; ENSSLIN, L.; ENSSLIN, S. R. Uma análise bibliométrica da literatura sobre estratégia e avaliação de desempenho. Gestão & Produção, [s.l.], v. 19, p. 59-78, 2012.
MARIE‐VIVIEN, Delphine et al. Trademarks, geographical indications and environmental labelling to promote biodiversity: the case of agroforestry coffee in India. Development Policy Review, [s.l.], v. 32, n. 4, p. 379-398, 2014.
MAPA – MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. [2019]. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/. Acesso em: 19 abr. 2019.
MARINS, M. F.; CABRAL, D. H. Q. O papel da indicação geográfica como propulsor da inovação e do desenvolvimento local: caso vale dos vinhedos. Cadernos de Prospecção, Salvador, v. 8, n. 2, 2015.
MENAPACE, Luisa; MOSCHINI, Gian Carlo. Quality certification by geographical indications, trademarks and firm reputation. European Review of Agricultural Economics, [s.l.], v. 39, n. 4, p. 539-566, 2011.
MENAPACE, Luisa; MOSCHINI, Gian Carlo. Strength of protection for geographical indications: promotion incentives and welfare effects. American Journal of Agricultural Economics, [s.l.], v. 96, n. 4, p. 1.030-1.048, 2014.
QUINONES-RUIZ, Xiomara F. et al. Insights into the black box of collective efforts for the registration of geographical indications. Land Use Policy, [s.l.], v. 57, p. 103-116, 2016.
QUIÑONES-RUIZ, Xiomara F. et al. Why early collective action pays off: evidence from setting Protected Geographical Indications. Renewable Agriculture and Food Systems, [s.l.], v. 32, n. 2, p. 179-192, 2017.
RANGNEKAR, Dwijen. Remaking place: The social construction of a geographical indication for Feni. Environment and Planning A, [s.l.], v. 43, n. 9, p. 2.043-2.059, 2011.
RICHARTZ, Fernando; ENSSLIN, Sandra Rolim. Comportamento dos custos: mapeamento e análise sistêmica das publicações internacionais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS-ABC. 2013. Anais [...]. 2013.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
ROSA, F. S.; ENSSLIN, S. R.; ENSSLIN, L. Evidenciação ambiental: processo estruturado de revisão de literatura sobre avaliação de desempenho da evidenciação ambiental. Sociedade, Contabilidade e Gestão, [s.l.], v. 4, n. 2, p. 24-37, 2009.
RODRIGUES VALENTE, Maria Emília et al. Indicação geográfica de alimentos e bebidas no Brasil e na União Europeia. Ciência Rural, [s.l.], v. 42, n. 3, 2012.
SAMADDAR, S. G.; SARNADDAR, A. B. Komal Chaul – a potential candidate for Geographical Indication. Journal of Intelectual Property Right, [s.l.], 2010.
SORGHO, Zakaria; LARUE, Bruno. Geographical indication regulation and intra‐trade in the European Union. Agricultural Economics, [s.l.], v. 45, n. S1, p. 1-12, 2014.
TASCA, J. E. et al. An approach for selecting a theoretical framework for the evaluation of training programs. Journal of European Industrial Training, [s.l.], v. 34, n. 7, p. 631-655. 2010.
TEUBER, Ramona. Consumers' and producers' expectations towards geographical indications: Empirical evidence for a German case study. British Food Journal, [s.l.], v. 113, n. 7, p. 900-918, 2011.
TREGEAR, Angela; TÖRÖK, Áron; GORTON, Matthew. Geographical indications and upgrading of small-scale producers in global agro-food chains: A case study of the Makó Onion Protected Designation of Origin. Environment and Planning A, [s.l.], v. 48, n. 2, p. 433-451, 2016.
WILKINSON, John; CERDAN, Claire; DORIGON, Clovis. Geographical Indications and “Origin” Products in Brazil–The Interplay of Institutions and Networks. World Development, [s.l.], v. 98, p. 82-92, 2017.
VALMORBIDA, S. M. I. et al. Gestão pública com foco em resultados: evidenciação de oportunidades de pesquisa. Revista CAP – Accounting and Management, [s.l.], v. 5, n. 5, 2011.
VALENTE, Maria Emília Rodrigues et al. O processo de reconhecimento das indicações geográficas de alimentos e bebidas brasileiras: regulamento de uso, delimitação da área e diferenciação do produto. Ciência Rural, [s.l.], v. 43, n. 7, p. 1.330-1.336, 2013.
VELCOVSKÁ, Šárka; SADÍLEK, Tomáš. The System of the Geographical Indication–Important Component of the Politics of the Consumers' Protection in European Union. Amfiteatru Economic Journal, [s.l.], v. 16, n. 35, p. 228-242, 2014.
VIANNA, W. B.; ENSSLIN, L.; GIFFHORN, E. A integração sistêmica entre pós-graduação e educação básica no Brasil: contribuição teórica para um “estado da arte”. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, [s.l.], v. 19, n. 71, p. 327-344. 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Cadernos de Prospecção
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O autor declara que: - Todos os autores foram nomeados. - Está submetendo o manuscrito com o consentimento dos outros autores. - Caso o trabalho submetido tiver sido contratado por algum empregador, tem o consentimento do referido empregador. - Os autores estão cientes de que é condição de publicação que os manuscritos submetidos a esta revista não tenham sido publicados anteriormente e não sejam submetidos ou publicados simultaneamente em outro periódico sem prévia autorização do Conselho Editorial. - Os autores concordam que o seu artigo ou parte dele possa ser distribuído e/ou reproduzido por qualquer forma, incluindo traduções, desde que sejam citados de modo completo esta revista e os autores do manuscrito. - Revista Cadernos de Prospecção está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 4.0. Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.![Licença Creative Commons](https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.