Editorial

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DOI:

https://doi.org/10.9771/cp.v11i3.28271

Resumo

A Revista Cadernos de Prospecção iniciou sua publicação em 2008, apenas alguns anos depois da promulgação da Lei de Inovação – Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004 – que trata sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo. Desde então, esse periódico vem oferecendo um canal de divulgação de trabalhos voltados para estudos de prospecção tecnológica, propriedade intelectual e transferência de tecnologia.

A divulgação de conhecimento acerca de Prospecção Tecnológica neste periódico tem contribuído para dar vazão à vocação de pesquisadores que atuam principalmente na interação entre a vida acadêmica e o mundo do trabalho, voltando-se de forma especial para os problemas e as demandas da sociedade que requerem soluções tecnológicas. Essa divulgação ganha destaque no mundo contemporâneo, no qual o diferencial deixou de ser o acesso às informações, para ser a capacidade de transformar informações entre conhecimento.

A Prospecção Tecnológica reúne abordagens, métodos e ferramentas que permitem fazer essa ponte entre informações e conhecimento, orientando a coleta e a sistematização de dados, trazendo elementos para o tratamento desses dados e a conversão deles em informações que podem subsidiar tomadas de decisão. Esse caminho entre o dado e o conhecimento tem sido percorrido por inúmeros pesquisadores que vêm publicando neste periódico. Mas, além da divulgação de conhecimento acerca de Prospecção Tecnológica per si, a existência de um canal para publicação de pesquisas dessa natureza indiretamente contribui para a formação de pessoal qualificado, já que a possibilidade de divulgar conhecimento pressupõe a realização da pesquisa para a qual sempre é necessário o envolvimento de diversos pesquisadores e estudantes.

Ao navegar pelos volumes da Revista Cadernos de Prospecção nota-se que grande parte dos artigos utiliza dados de patentes. Embora o leque de possibilidade de ferramentas e de métodos de Prospecção Tecnológica seja muito mais amplo do que os que utilizam apenas dados disponíveis em patentes, a introdução de estudantes no manejo dos dados do sistema patentário descortina um horizonte amplo, em que dados de tecnologias dos mais diversos setores estão detalhados e disponíveis. Isso pode ser determinante para superação de gargalos tecnológicos, para evitar a duplicidade de esforços em pesquisa e desenvolvimento, e, com a inserção desses estudantes como profissionais no mundo do trabalho, para a competitividade tecnológica das empresas e das organizações do país.

A situação do Brasil, seja pela necessidade de estímulo à ciência e tecnologia, seja pela premente necessidade de retomada do fortalecimento da indústria nacional, requer ações embasadas em dados e em informações e, no que concerne à Prospecção Tecnológica, algumas das ferramentas que essa área dispõe podem contribuir para a escolha de rumos mais promissores para a sociedade brasileira. Que saibamos utilizá-las com sabedoria

Desejo a todos uma excelente leitura.

 

 

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Biografia do Autor

Núbia Moura Ribeiro, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal da Bahia (1983), mestrado em Química de Produtos Naturais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987) e doutorado em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). É professora do Instituto Federal da Bahia (cedida à UNILAB) e do Doutorado em Difusão do Conhecimento, em parceria com a UFBA. Foi Diretora do Campus de São Francisco do Conde da UNILAB, Pro-reitora de Pesquisa e Pós-Garduação do IFBA, Coordenadora da câmara Interdisciplina da FAPESB. Tem experiência na área deQuímica, Educação, Inovação, Propriedade Intelectual e Gestão do Conhecimento, atuando principalmente nos seguintes temas: propriedade intelectual, gestão da inovação, gestão social do conhecimento, educação em química, biodiesel e cromatografia.
 (http://lattes.cnpq.br/0456729000030033).

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Publicado

2018-09-30

Como Citar

Ribeiro, N. M. (2018). Editorial. Cadernos De Prospecção, 11(3), 703. https://doi.org/10.9771/cp.v11i3.28271

Edição

Seção

Editorial