Análise Prospectiva do Algodão Transgênico no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/cp.v11i3.27115

Palavras-chave:

Prospecção Tecnológica, Transgênico, Cultivares.

Resumo

Os organismos transgênicos são de grande importância para o desenvolvimento econômico do País. Tratar essa temática implica verificar as vantagens que o uso de cultivares transgênicas representa, entre estas, destaca-se a redução no número de aplicação de inseticidas. Logo, investiga-se as cultivares registradas no Brasil com objetivo de realizar uma prospecção tecnológica do panorama nacional de cultivares de algodão transgênico. Para tanto, utiliza-se a ferramenta de busca Cultivar Web para recuperação de dados relativos às cultivares registradas. Nesta pesquisa foi possível cruzar os dados com informações obtidas em pareceres técnicos da CTNBio e em artigos científicos. Por meio da análise, verificou-se que o número de cultivares transgênicas registradas vem crescendo anualmente, demonstrando a possibilidade de se ter direitos exclusivos referentes à obtenção vegetal com evento transgênico, dando ao detentor uma boa oportunidade de reaver seus custos e de acumular as reservas necessárias para futuros investimentos.


Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thaíse Dantas de Almeida Xavier, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.

Atua como supervisora do Setor de Prospecção, Articulação e Avaliação de Tecnologias (SPAT), desenvolvendo atividades relacionadas à área de inovação tecnológica direcionadas ao agronegócio e à gestão do conhecimento passível de proteção intelectual. Atualmente também atua como secretária executiva do Comitê Local de Propriedade Intelectual da Embrapa Algodão.

Luiz Nunes Filho, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação da Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Campina Grande (2015) e em Direito Processual Civil pela Faculdade Damásio (2014). Advogado, com graduação em Direito pela Universidade Federal de Campina Grande (2013). Atuou na Unidade de Inovação e Tecnologia do SEBRAE/PB como bolsista do CNPq no Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), no período de novembro de 2014 a outubro de 2016.

Simone Silva dos Santos Lopes, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PE, Brasil.

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Alagoas (2001), mestrado em Genética pela Universidade Federal de Minas Gerais (2004) e doutorado em Genética pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007). Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética de Populações Humanas e Evolutiva, Genética e Biologia Molecular atuando principalmente nos seguintes temas: Ancestralidade, DNA forense, Genética Médica Populacional e Inovação Tecnológica. Atualmente professora efetiva de Genética e Biologia Molecular na Universidade Estadual da Paraíba. Coordena desde de 2008, o Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica da Universidade Estadual da Paraíba responsável pela gestão de propriedade intelectual e transferência de tecnologia.

Referências

BARROSO, P. A. V. et al. Zonas de exclusão de algodoeiros transgênicos para preservação de espécies de Gossypium nativas ou naturalizadas. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2005. (Comunicado técnico, 242)

BENNETT, R.; MORSE, S.; ISMAEL, Y. The economic impact of genetically modified cotton on South African smallholders: yield, profit and health effects. The Journal of Development Studies, [S.l.], v. 42, n. 4, p. 662-677, 2006.

BORÉM, A. et al. Considerations about cotton gene escape in Brazil. Crop Breeding and Pplied Biotechjnology. 2003. (in press)

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 513/2005. Liberação comercial de algodão geneticamente modificado resistente às principais pragas da Ordem Lepidoptera. 2005. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 1.521/2008. Liberação Comercial de algodão geneticamente modificado. 2008a. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 1.598/2008. Liberação Comercial de algodão geneticamente modificado, algodão Roundup Ready, evento MON 1445. 2008b. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 1.757/2009. Liberação Comercial de algodão geneticamente modificado. 2009a. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 1.832/2009. Liberação Comercial de Algodão Geneticamente Modificado resistente a insetos. 2009b. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 2.051/2009. Liberação Comercial de algodão geneticamente modificado. 2009c. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 2.956/2011. Liberação Comercial de Algodão Geneticamente Modificado tolerante ao glifosato (2ª geração). 2011. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 3.365/2012. Liberação Comercial – algodão MON15985 x MON88913. 2012a. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 3.290/2012. Algodão geneticamente modificado tolerante ao herbicida glufosinato de amônio e ao herbicida glifosato denominado GlyTol x LibertyLink (GTxLL)– evento GHB614 x LLCotton25. 2012b. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 3.286/2012. Liberação comercial de OGM. Algodão GlyTol x TwinLink (GHB614 x T304-40 x GHB119). 2012c. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Parecer Técnico n. 5.400/2017. Algodão Glycol x TwenLink (GLT) x COT102 (GLTC), contendo os eventos GHB614 x T304-40 x GHB119 x COT102. 2017. Disponível em: <http://www.ctnbio.mcti.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2018.

CARVALHO, I. M. et al. Abordagem sobre Proteção e Registro de Cultivares. In: FALEIRO, Fábio Gelape; FARIAS NETO, Austeclinio Lopes de; RIBEIRO JÚNIOR, Walter Quadros (Org.). Pré-melhoramento, melhoramento e pós-melhoramento: estratégias e desafios. 1. ed. Brasília, DF: EMBRAPA, 2008. p. 19-183.

CASTRO, B. S. de. A introdução no Brasil do algodão, milho e soja geneticamente modificados: coincidências reveladoras. In: CONGRESSO BRASA IX, 2008, New Orleans. Anais... New Orleans: Tulane University, 2008.

CULTIVAR WEB. [Base de dados – Internet]. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; 2018. Disponível em: <http://sistemas.agricultura.gov.br/snpc/cultivarweb/cultivares_registradas.php>. Acesso em: 16 maio 2018.

EMBRAPA. Algodão RF: BRS 371RF, BRS 370RF, BRS 369RF, BRS 368RF lançamentos. Brasília, DF: Embrapa, 2014.

GOMES, W. S.; BORÉM, A. Biotecnologia: novo paradigma do agronegócio brasileiro. Revista de Economia e Agronegócio, [S.l.], v. 11, n. 1, p. 115-136, 2013.

HORAK, M. J.; WOODRUM, C. L. Phenotypic and ecological observations of Roundup Ready flex cotton MON 88913 in U.S. field trials during 2002 for an assessment of equivalence and weed potential. Monsanto Technical Report, MSL 18876, 2003.

JAMES, C. Preview: global status of commercialized biotech/GM Crops. Ithaca: ISAAA Briefs, 2004. (ISAAA Briefs. 32)

MAGALHÃES, M. T. Q. de. Toxinas Cry: perspectivas para obtenção de algodão transgênico brasileiro. 2006. 81 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, 2006.

MALTY, J. S.; SIQUEIRA, J. O.; MOREIRA, F. M. S. Efeitos do glifosato sobre microorganismos simbiotróficos de soja, em meio de cultura e casa de vegetação. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 41, n. 2, p. 285-291, fev. 2006.

MOTA, A. A. R. Transgenia no Brasil: eventos autorizados e cultivares registradas. 2011. 124 f. Monografia (Graduação em Agronomia e Medicina Veterinária) – Universidade de Brasília, UNB, Brasília, 2011.

NODARI, R. O.; GUERRA, M. P. Avaliação de riscos ambientais de plantas transgênicas. Cadernos de Ciência &Tecnologia, Brasília, DF, v. 18, n. 1, p. 61-116, 2001.

RICHETTI, A. et al. Estimativa do custo de produção de algodão, safra 2004/05, para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Dourados: Embrapa Pecuária Oeste, 2004. 16 p. (Comunicado Técnico, 91)

SANTOS, R. L.; TORRES, J. B. Produção da Proteína Cry1Ac em algodão transgênico e controle de lagartas. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, [S.l.], v. 5, n. 4, p. 509-517, out-dez, 2010.

TELES, G. C.; FUCK, M. P. Pesquisa e desenvolvimento de cultivares: o perfil tecnológico da Cotonicultura Brasileira. Informe Gepec, [S.l.], v. 20, n. 1, p. 61-77, jan./jun., 2016.

UNITED STATES DEPARTMENT OF AGRICULTURE (USDA). Cotton: World Markets and Trade. 2018. Disponível em: <https://apps.fas.usda.gov/psdonline/circulars/cotton.pdf> Acesso em: 4 maio 2018.

Downloads

Publicado

2018-09-30

Como Citar

Xavier, T. D. de A., Nunes Filho, L. ., & Lopes, S. S. dos S. (2018). Análise Prospectiva do Algodão Transgênico no Brasil. Cadernos De Prospecção, 11(3), 927. https://doi.org/10.9771/cp.v11i3.27115

Edição

Seção

Prospecções Tecnológicas de Assuntos Específicos