Geografia histórica urbana no Brasil
legado e crítica das perspectivas
DOI:
https://doi.org/10.9771/geo.v0i2.63353Palavras-chave:
Geografia Histórica Urbana, Maurício de Almeida Abreu, Pedro de Vasconcelos, Antonio Carlos Robert Moraes, SIMPURBsResumo
Considera-se que Maurício de Almeida Abreu, Pedro de Almeida Vasconcelos e Antônio Carlos Robert de Moraes protagonizam, inspiram e guiam, epistêmica e ontologicamente, em diálogo com Milton Santos, os estudos em Geografia Histórica Urbana no Brasil. Assim, o objetivo do artigo é analisar o uso dos conceitos neste subcampo disciplinar, buscando também caracterizá-lo. Metodologicamente, desenvolve-se: (i) revisão do debate assumido pelos principais personagens que fundamentam a Geografia Histórica brasileira (Abreu, Vasconcelos e Moraes); (ii) levantamento e elaboração de quadros-síntese dos trabalhos apresentados nos Grupos de Trabalho do subcampo nos XIII, XV, XVI e XVII Simpósios Nacionais de Geografia Urbana (SIMPURBs); (iii) interpretação destes trabalhos, a partir do método de análise de redes, sustentado por um banco de dados derivados (1) das palavras-chave dos artigos apresentados nos referidos SIMPURBs e (2) das temáticas abordadas nos textos apresentados. Como resultado, evidencia-se a situaçao difusa dos conceitos e princípios disciplinares que baseiam a denominada Geografia Histórica Urbana brasileira.
Downloads
Referências
ABRAHAM, Ajith; HASSANIEN, Aboul-Ella; SNÁSEL, Václav (Org.). Computational Social Network Analysis. London: Springer-Verlag, 2010.
ABREU, Maurício de A. Sobre a memória das cidades. Revista da Faculdade de Letras – Geografia I série, Porto, v. XIV, p. 77-97, 1998.
ABREU, Maurício de A. Construindo uma geografia do passado. Rio de Janeiro – cidade portuária. Geousp, v. 7, p. 13-25, 2000.
ABREU, Maurício de A. Reencontrando a antiga cidade de São Sebastião: mapas conjecturais do Rio de Janeiro do século XVI. Cidades, v. 2, n. 4, p. 189-220, 2005.
ABREU, Maurício de A. Um quebra cabeça (quase) resolvido: os engenhos da capitania do Rio de Janeiro, séculos XVI e XVII. Scripta Nova, Barcelona, v. X, n. 218 (32), 2006. Disponível em: http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-218-32.htm.
ABREU, Maurício de A. Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700). Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson e Prefeitura Muncipal do Rio de Janeiro, 2010.
ANDRADE, Adriano B. O outro lado da baía: gênese de uma rede urbana colonial. Salvador: EDUFBA, 2013.
ARAÚJO, Breno de Assis Silva. Rede de cidades no eixo da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte: apontamentos para uma periodização (1872-1983). In: SIMPURB – SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA URBANA, 17., Curitiba, 2022. Anais... Cuririba: UFPR, 2022. p. 1-20.
BRANDÃO, Paulo B. Geografias da presença galega na cidade da Bahia. Salvador: EDUFBA, 2005.
BRAUDEL, Fernand. Histoire et Sciences Sociales: La longue durée. Annales. Economies, sociétés, civilisations, 13 année, n. 4, p. 725-753, 1958.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
CORNWELL, Benjamin. Social Sequence Analysis: Methods and Applications. Cambridge: Cambridge University Press, 2015.
COSTA, Everaldo B. Totalidade urbana e totalidade-mundo: as cidades coloniais barrocas face à patrimonialização global. 2011. 445f. Tese (Doutorado em Geografia Humana) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
COSTA, Everaldo B; MALULY, Vinicius. Geografía histórica y tiempo geográfico, concepto y superación de dicotomías. Revista de Geografía Norte Grande, n. 79, p. 253-277, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.4067/S0718-34022021000200253.
COSTA, Everaldo B; PELUSO, Marília L. Territórios da memória candanga na construção da capital do Brasil (1956-1971). In: SIMPURB – SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA URBANA, 13., Rio de Janeiro, 2013. Anais... Rio de Janeiro: UERJ, 2013. p. 1-28.
COSTA, Everaldo B; QUEIROZ, Pedro. Entrevista e homenagem a Maria Adélia Aparecida de Souza. Debatendo a Geografia brasileira. PatryTer – Revista Latinoamericana e Caribenha de Geografia e Humanidades, v. 8, n. 15, p. 1-42, 2025. Disponível em: https://doi.org/10.26512/patryter.v8i15.55341.
COSTA, Everaldo B; SCARLATO, Francisco C. Geografia, método e singularidades revisadas no empírico. GEOUSP Espaço e Tempo, v. 23, n. 3, p. 640-661, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2019.161552.
GEORGE, Pierre. Os métodos da Geografia. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1986.
GIL, Tiago; BARLETA, Leonardo. Formas alternativas de visualização de dados na área de História: algumas notas de pesquisa. Revista História, São Paulo, v. 173, p. 427-455, 2015.
GLÜCKLER, Johannes; PANITZ, Robert. Unleashing the potential of relational research: a meta-analysis of network studies in human geography. Progress in Human Geography, v. 45, n. 6, p. 1531-1557, 2021.
GRAHAM, Shawn; MILLIGAN, Ian; WEINGART, Scott. Exploring big historical data: the historian's microscope. London: Imperial College Press, 2016.
HARVEY, David. Spaces as a keyword. In: CASTREE, Noel; GREGORY, Ian (Org.). David Harvey: a critical reader. Malden e Oxford: Blackwell, 2006. p. 270-293.
HEANEY, Michael. Theory and Possibilities in Social Network Analysis. In: BOX-STEFFENSMEIER, Janet; CHRISTENSON, Dino P.; SINCLAIR-CHAPMAN, Valeria (Org.). Oxford Handbook of Engaged Methodological Pluralism in Political Science, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780192868282.013.33.
MALULY, Vinicius. La terre et l'eau: concessions foncières et usages du réseau hydrographique dans l'occupation territoriale de la capitainerie de Goiás (1725-1804). 2024. 367 f. Thèse de Doctorat (Géographie) - École des hautes études en sciences sociales, Paris, 2024.
MALULY, Vinicius. Transpondo palavras para uma planilha: a construção de um banco de dados intencionalmente subjetivo. Sillogés, v. 4, n. 2, p. 489-510, 2021.
MORAES, Antônio C. R. Bases da formação territorial do Brasil: o território colonial brasileiro no “longo” século XVI. São Paulo: Editora Hucitec, 2000.
MORAES, Antônio C. R. Geografia histórica do Brasil. Cinco ensaios, uma proposta e uma crítica. São Paulo: Editora Hucitec, 2009.
MOREIRA, Ruy. Pensar e ser em Geografia: ensaios de história, epistemologia e ontologia do espaço geográfico. São Paulo: Editora Contexto, 2007.
PICCHI, Bruno. A Geografia Cultural no Brasil e sua difusão: de 1990 a 2020. 2003. 299 f. Tese (Doutorado em Geografia Humana) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023.
SANTOS. Milton. Espaço e Método. Coleção Espaços. 3. ed. São Paulo: Nobel, 1992.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço. Técnica e Tempo. Razão e Emoção. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. [1.ed. 1996].
SOJA, Edward. Geografias Pós-Modernas: A Reafirmação do Espaço na Teoria Social Crítica. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 1993.
VASCONCELOS, Pedro de Almeida. Como estudar a cidade na longa duração (A noção do tempo na Geografia). Formação, Presidente Prudente, v. 6, p. 75-90, 1999.
VASCONCELOS, Pedro de Almeida. Salvador: transformações e permanências (1549-1999). Ilhéus: Editus, 2002.
VASCONCELOS, Pedro de Almeida. Complexidade histórica e questões raciais em Salvador, Brasil. Biblio 3W, Barcelona, v. XII, n. 732, 2007. Disponível em: http://www.ub.es/geocrit/b3w-732.htm.
VASCONCELOS, Pedro de Almeida. Questões metodológicas na geografia urbana histórica. Geotextos, Salvador, v. 5, p. 147-157, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados. Ver o resumo da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Ver o texto legal da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Consulte o site do Creative Commons: https://creativecommons.org/licenses/?lang=pt
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).