Rupturas na rede urbana e faces do mercado de trabalho
DOI:
https://doi.org/10.9771/1984-5537geo.v8i1.6221Palavras-chave:
Mundialização do capital, Desconcentração da produção, Urbanização dispersa, Cidade média, mercado de trabalhoResumo
A mundialização do capital é um grande propulsor de divisão do trabalho. Ao potencializar as condições gerais de produção nas diversas escalas, agrega inúmeros novos espaços para a circulação e produção de bens. Isso repercute territorialmente numa desconcentração da produção, reafirmando cada vez mais a necessidade da divisão técnica e territorial do trabalho, bem como de uma nova maneira de organizá-lo, tendo em vista o fomento da produtividade. A reestruturação dos processos produtivos desencadeia mudanças diversas tanto na reprodução social como na organização do espaço geográfico. No Brasil, especialmente desde a década de 1980, muitos lugares tornam-se atrativos à produção moderna e são incorporados aos circuitos produtivos globalizados de empresas nacionais e multinacionais de diferentes ramos da economia. Entre os resultados, teríamos reestruturações econômicas e territoriais de várias naturezas e magnitudes, imprimindo novas características à rede urbana. No presente artigo temos como objetivo apresentar, a luz da conjuntura atual, alguns dos rebatimentos de tais processos materializados numa cidade de porte médio e respectiva região localizada no semiárido brasileiro. O destaque será dado à conformação da divisão técnica e territorial do trabalho, a partir de dados do mercado de trabalho formal.
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