Camponês caatingueiro: reflexões sobre o campesinato no Semi-Árido brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.9771/1984-5537geo.v8i1.6220Palavras-chave:
Camponês caatingueiro, Semi-árido, Seca, Território, Desenvolvimento regionalResumo
Com este artigo propomos uma reflexão sobre o camponês caatingueiro em sua dimensão geográfica. Essa abordagem está fundamentada em aspectos culturais, políticos, econômicos e sociais, de modo a apresentar elementos que caracterizem e diferenciem o camponês caatingueiro do sertanejo descrito ou apontado pela literatura clássica (CUNHA, 1991) e por autores contemporâneos, como é o caso de Brandão (2009). Ao longo do processo histórico as abordagens sobre o Sertão e os sertanejos foram caracterizadas por uma homogeneidade político-cultural sustentada por discursos e políticas públicas que tratam os camponeses de diferentes regiões do Brasil como se de fato existisse apenas um único in-dividuum sertanejo, similar à figura do “Jeca Tatu” descrito por Monteiro Lobato. Intenta-se, a partir da relação entre a teoria e a empiria, buscar ir além dos aprioris, demonstrando que esse sujeito social produz território e é produzido por ele. Seus valores, práticas sócio-culturais e visões de mundo exercem forte influência em sua forma de organização social e em sua relação com o seu lugar de vivência, nesse caso, o Semi-árido. Os projetos desenvolvimentistas pensados para essa fração do território nacional são pautados na contradição atraso versus modernidade, ou ainda seca versus disponibilidade de água como elementos fundantes para justificar as políticas de desenvolvimento regional/territorial.
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