Territorialização da pecuária e suas consequências socioambientais no município de São Domingos do Capim, estado do Pará
DOI:
https://doi.org/10.9771/geo.v0i1.60781Palavras-chave:
Pecuária, Amazônia, Fronteira, ParáResumo
A pecuária tem avançado em diversas fronteiras da Amazônia paraense incluindo municípios que historicamente estiveram ligados à agricultura de base familiar, como é o caso de São Domingos do Capim. A incorporação de novos territórios aos sistemas pastoris impõe mudanças sociais e ambientais que impactam a floresta e o espaço rural. Neste artigo, são investigados alguns elementos do processo de territorialização da pecuária por meio de dados sobre o uso e a ocupação da terra. Para isso direcionou-se uma investigação com base em dados secundários e primários colhidos através de pesquisa documental e empírica, esta última pautada em trabalhos de campo e entrevistas na zona rural do município. Da pesquisa depreendeu-se que a territorialização da atividade pecuária ocorre a partir do controle de uso e ocupação da terra, ampliação do rebanho e supressão da cobertura vegetal. No aspecto social o “território pecuário” no município analisado avançou sobre áreas rurais ligadas à agricultura familiar como a comunidade rural Rancho Fundo.
Downloads
Referências
BARBOSA, M. B. C. Sistema de uso comum e recursos em comunidades quilombolas no Vale do Rio Capim (PA). 2008. 201f. il. Dissertação (Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento - Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, 2008.
BARBOSA, M. B. C.; ACEVEDO MARIM, R. E. Manejo e uso comum dos recursos naturais em populações quilombolas no vale do Rio Capim - PA. Novos Cadernos NAEA, Belém, v. 13, n. 1, p. 27-45, jul. 2010.
BARRETO, P. Como reduzir a contribuição da pecuária brasileira para as mudanças climáticas. Belém, PA: Imazon, 2015.
BECKER, B. K. Amazônia. São Paulo: Editora Ática, 1990.
DIAS-FILHO, M. B. Diagnóstico das pastagens no Brasil. Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 2014. (Documentos/Embrapa Amazônia Oriental).
DIAS-FILHO, M. B.; LOPES, M. J. dos S. Histórico e desafios na pecuária bovina na Amazônia. Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 2020. (Documentos/Embrapa Amazônia Oriental).
FAPESPA. Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará. Boletim Agropecuário do Estado do Pará 2015. Belém, n. 1, julho 2015.
GUILHERME JÚNIOR, J. A. Territorialização da pecuária na Amazônia paraense: uma análise na região de integração do Guamá, estado do Pará. 2022. 175 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022.
GUILHERME, J. A.; LOBATO, M. M.; ROCHA, G. de M. Trajetória espacial da pecuária na Amazônia paraense: dos campos às florestas. Revista Campo-Território, Uberlândia-MG, v. 17, n. 46, p. 223–243, ago. 2022. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/65076. Acesso em: 27 fev. 2023.
IBGE. Malha Municipal 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em: https://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/malhas_territoriais/malhas_municipais/municipio_2022/UFs/PA/PA_Municipios_2022.zip. Acesso em: 06 mai. 2024.
IBGE. Produção da Pecuária Municipal 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2023. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/sao-felix-do-xingu/pesquisa/18/0. Acesso em: 06 mai. 2024.
IBGE. Efetivos dos rebanhos, por tipo de rebanho 1996. Rio de Janeiro: IBGE, 1996. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/k/1061404963?resultado. Acesso em: 06 mai. 2024.
IBGE. Efetivos dos rebanhos, por tipo de rebanho 2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2006(a). Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/k/1061404963?resultado. Acesso em: 06 mai. 2024.
IBGE. Censo Agropecuário 2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2006(b). Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/sao-domingos-do-capim/pesquisa/24/76693?ano=2006. Acesso em: 06 mai. 2024.
IBGE. Efetivos dos rebanhos, por tipo de rebanho 2016. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/k/1061404963?resultado. Acesso em: 06 mai. 2024.
IBGE. Efetivos dos rebanhos, por tipo de rebanho 2021. Rio de Janeiro: IBGE, 2021. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/k/1061404963?resultado. Acesso em: 06 mai. 2024.
IBGE. Censo Agropecuário 2017. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/sao-domingos-do-capim/pesquisa/24/76693ano=2017. Acesso em: 06 mai. 2024.
LOBATO, M. M. Capital, território e monopólio no El Dorado de Carajás: uma análise da fronteira do Sudeste Paraense. 2018. 234f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2018.
LUDOVINO, R. M. R. Análise da diversidade e da dinâmica da agricultura familiar na Amazônia Oriental: o caso da zona Bragantina. 2002. 370f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, 2002.
MACHADO, G.; SAQUET, M. A. Espaço, território, paisagem: em busca de uma ligação conceitual. Varia Scientia, [S. l.], v. 10, n. 17, p. 119–135, 2011. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/variascientia/article/view/2411. Acesso em: 29 abr. 2021.
MAPBIOMAS. Projeto MapBiomas. Cobertura e transições biomas & Estados (Coleção 8). 2023. https://storage.googleapis.com/mapbiomas-public/initiatives/brasil/collection_8/downloads/statistics/tabela_geral_mapbiomas_col8_biomas_municipios.xlsx.
MARGULIS, S. Causas do desmatamento na Amazônia brasileira. Brasília, DF: Banco Mundial, 2003.
PENTEADO, A. R. Problemas de Colonização e de Uso da Terra na Região Bragantina do Estado do Pará. Belém: UFPA, 1967. 2 v.
RIVERO, S. et. al. Pecuária e desmatamento: uma análise das principais causas diretas do desmatamento na Amazônia. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 19, n. 1, p. 41-66, jan./abr. 2009.
SAWYER, D. R. Fluxo e refluxo da fronteira agrícola no Brasil: ensaio de interpretação estrutural e espacial. Revista Brasileira de Estudos de População, Campinas, v. 1, n. 1/2, p. 3-34, 1984.
SILVA, E. M.; NAVEGANTES-ALVES, L. A ocupação do espaço pela dendeicultura e seus efeitos na produção agrícola familiar na Amazônia Oriental. Confins, n. 30, 2017. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/11843. Acesso em: jan. 2024.
SOARES, L. de C. Delimitação da Amazônia para fins de planejamento econômico. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, ano 10, n. 2, p. 2-52, abr./jun. 1948.
TEIXEIRA JÚNIOR, T. R. A Pecuária e o sentido prático dos agricultores familiares na Amazônia: o caso da região de Marabá, Pará. 2019. 142 f. Tese (Doutorado em Ciências: Desenvolvimento Socioambiental) - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019.
VEIGA; J. B. da; TOURRAND, J. -F.; QUANZ, D. A pecuária na fronteira agrícola da Amazônia: O caso do município de Uruará-PA na Transamazônica. Belém: EMBRAPA-CPATU, 1996.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados. Ver o resumo da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Ver o texto legal da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Consulte o site do Creative Commons: https://creativecommons.org/licenses/?lang=pt
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).