Em direção aos espaços abertos
DOI:
https://doi.org/10.9771/geo.v17i2.45536Palavras-chave:
ar livre, espaços abertos, vidaResumo
Transpassando vida, Geografia e ar livre, neste artigo, busco uma hermenêutica dos espaços abertos. Posicionando Geografia, antropologia e fenomenologia em relação, objetivo o compromisso de aliar teoria à experiência para compreender o habitar urbano contemporâneo dos espaços abertos. Com Ingold (2015), adenso a noção de ar livre em direção ao habitar a cidade. No uníssono da experiência, imaginação e fantasia, projeto a abertura desses espaços como possibilidade, como abrimento para o ser e para os entes, para a multiplicidade da existência. Sabendo que o processo de habitar a cidade sempre esteve intimamente vinculado a um dos inúmeros modos de habitar a Terra, é possível afirmar que a cidade não é negação da natureza. Em sentido radicalmente inverso, a cidade é, acima de tudo, emergência da terra que somos, sobretudo quando vivida nos espaços abertos. Na abertura para a liberdade do encontro com o imprevisto, com o inesperado, com os seres e com os entes, o ar livre é a passagem para a contemplação, a celebração, o cuidado e a atenção para a experiência urbana da alteridade.
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