Premissas lefebvreanas para um novo romantismo: a totalidade, os momentos da vida e a Geografia
DOI:
https://doi.org/10.9771/geo.v16i2.42736Palavras-chave:
Romantismo, Totalidade, Teoria dos momentos da vida, GeografiaResumo
Este artigo busca discutir as premissas lefebvreanas acerca de um novo Romantismo, entendido como retorno ao (e superação do) movimento artístico-político-filosófico surgido na Prússia no final do século XVIII e revisitado por Lefebvre no seu empenho em teorizar sobre a relação entre a totalidade e os momentos da vida na modernidade. O esforço aqui é o de tentar demonstrar que a fundamentação teórico-analítica lefebvreana, ancorada na interpretação da sociedade moderna, da cidade e do urbano, está também relacionada a uma base filosófica ainda pouco discutida entre os geógrafos brasileiros que nele se referenciam. Para tanto, trataremos das asserções gerais do Romantismo e de sua assimilação e seu declínio na teoria geográfica, de modo que possamos compreender o que a releitura lefebvreana pode trazer de inovação/superação a esse respeito e quais as contribuições que esse referencial tem a oferecer à Geografia.
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