Interfaces entre práticas de coleta seletiva do lixo e conceitos lefebvrianos
um estudo sobre a Pituba, Salvador – BA
DOI:
https://doi.org/10.9771/1984-5537geo.v4i0.3299Palavras-chave:
Lixo urbano, Coleta seletiva, Apropriação sócio-espacialResumo
Neste artigo busca-se analisar as diferentes formas de apropriação social que decorrem das práticas de separação do lixo doméstico para a coleta seletiva formal que ocorre na cidade de Salvador. Pautando-se em comprovações empíricas e numa argumentação dialética entre os conceitos lefebvrianos (concebido, percebido e vivido), o estudo, realizado com moradores e trabalhadores domésticos da área da Pituba (que acumula experiências de intervenções oficiais que culminaram com a implantação do Programa Recicla Salvador), revelou que os critérios utilizados para definir a área geográfica de atuação deste Programa, principalmente os níveis de escolaridade e renda/consumo elevados, não apresentam uma consistência técnica. Por meio da investigação científica sobre como o processo de separação do lixo ocorre no ambiente doméstico, constatou-se que, de forma geral, as classes de renda alta/média e com maiores níveis de escolaridade estabelecem uma “apropriação limitada” das ações do Programa que, embora reconhecida pelo concebido, não se efetiva como uma vivência, mas como uma percepção. Em contrapartida, aqueles com menores níveis de escolaridade e renda/consumo estabelecem uma apropriação que, embora não reconhecida pelo concebido, revela na prática cotidiana a incorporação da separação do lixo como algo vivido/experimentado e não somente percebido.
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