Uma leitura da mundanidade do luto de imigrantes, refugiados e apátridas
DOI:
https://doi.org/10.9771/1984-5537geo.v10i2.10116Palavras-chave:
Migração, Mundanidade, LutoResumo
Esse estudo trata de mundanidades do luto de imigrantes forçados, pessoas para as quais, provavelmente, deixar a terra natal não seria a primeira opção, em condições normais em seu país de origem. Com base em Métreaux (2011), analisou-se mundanidades do luto de imigrantes de garimpeiros e trabalhadoras sexuais brasileiras na Guiana e no Suriname, estudadas por Oliveira (2012), experiências de imigrantes brasileiros em Roma, analisadas por Della Pasqua e Dal Molin (2009), e o Projeto Novos Brasileiros, uma experiência do Brasil como segundo país de refúgio, relatado por Fiametti (2005). A análise foi norteada pela abordagem fenomenológica-hermenêutica heideggeriana cujas bases têm contribuído para que geógrafos humanistas reinterpretem as noções de lugar e mundo. A partir da noção de mundanidade, em Heidegger (2010, 2012), identificou-se formas de luto vivenciadas por imigrantes, refugiados e apátridas: luto pelo sonho não realizado, por privacidade, liberdade, referências, perda do vínculo anterior, reconhecimento, valorização profissional e respeito à dignidade humana, alimentação, ausência do conhecido e amado, saúde, orientação e direção, autoestima, convívio social e o luto impedido ou negado. Com esse estudo preliminar, pretende-se contribuir para ampliar as possibilidades de acesso da leitura geográfica à dimensão existencial dos fluxos migratórios.
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