SOLIDÃO DA MULHER NEGRA IDOSA NO RECÔNCAVO BAIANO
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.v12i2.55652Palavras-chave:
envelhecimento; solidão; mulheres idosas; interseccionalidade.Resumo
Neste artigo analisamos os impactos da solidão na vida de mulheres negras idosas do recôncavo baiano a partir de uma perspectiva interseccional. Para isso, optou-se metodologicamente pela pesquisa qualitativa. Como fonte de dados utilizamos as entrevistas a fim de conhecer suas narrativas de vida. Os resultados da investigação apontam que a maior longevidade feminina não é sinônimo de viver bem. Que a solidão é um fenômeno complexo e subjetivo que causa um estado psíquico de sofrimento e pode ser refletido no corpo e nas relações sociais das pessoas. No caso das mulheres idosas, ela realiza-se a partir de outras categorias e dimensões sociais, como sua raça/etnia, sua classe social, seu nível educacional, condições de saúde, etc. Nesse sentido, o embricamento dessas categorias tende a produzir dimensões mais profundas das desigualdades.
Downloads
Referências
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. Coleção Feminismos Plurais, São Paulo: Pólen, 2019.
ASSIS, Dayane N. Conceição de. Interseccionalidades. Salvador: UFBA, Instituto de Humanidades, Artes e Ciências; Superintendência de Educação a Distância, 2019, p. 27-38.
AZEREDO, Zaida de Aguiar Sá; AFONSO, Maria Alcina Neto. Solidão na perspectiva do idoso. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro, n. 19, p. 313-324, 2016.
BRANDÃO, Ana Maria. Entre a vida vivida e a vida contada: A história de vida como material primário de investigação sociológica. Configurações, n.º 3, 2007, p. 83-106.
CAMARANO, A. A. Envelhecimento da População Brasileira: Uma Contribuição Demográfica. Texto para discussão (TD) n.º 858. Rio de Janeiro: IPEA, 2002.
______. Mulher idosa: suporte familiar ou agente de mudança? Revista de Estudos
Avançados. São Paulo: IPEA, 2003, p. 35-64.
CARDOSO, A. C. M. O trabalho como determinante do processo saúde-doença. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 27, n. 1, P.73-93, 2015.
COLLINS, P. H; BILGE, S. Interseccionalidade. Rane Souza. 1. ed. (2021). São Paulo: Boitempo, 2020.
DAVIS, A. 1944. Mulheres, Raça e Classe. Tradução Heci Regina Candiani. - 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2016.
DE BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. (Livro I).
DeCS- Descritores em Ciências da Saúde. Solidão. [online] Disponível em: https://decs.bvsalud.org//ths/resource/?id=8308&filter=ths_exact_term&q=SOLIDaO. Acesso em: 15 mai. 2022.
DIAS, Marly de Jesus; SERRA, Jacira. Mulher, Velhice e Solidão: Uma Tríade Contemporânea?. Serv. Soc. & Saúde, Campinas, SP, v. 17, n. 1, p. 9-30 jan./jun. 2018.
GIDDENS, A. SUTTON, P. W. Conceitos essenciais da sociologia. Tradução: Claudia Freire. 1. ed. – São Paulo: Editora Unesp Digital, 2017.
IBGE. PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS CONTÍNUA (PNAD contínua) - Educação. [online] Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/28285-pnad-educacao-2019-mais-da-metade-das-pessoas-de-25-anos-ou-mais-nao-completaram-o-ensino-medio. 2019. Acesso em: 31 mai. 2023.
IBGE EDUCA. Indicadores Sociais da Mulheres no Brasil.[online] Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/materias-especiais/materias-especiais/20453-estatisticas-de-genero-indicadores-sociais-das-mulheres-no-brasil.html#subtitulo-1. Acesso em: 02 mai. 2023.
FEIJÓ, J. Diferenças de gênero no mercado de trabalho. [online] Disponível em: https://portal.fgv.br/artigos/diferencas-genero-mercado-trabalho. Acesso em: 15 jun. 2023.
FARIA, R.M.O; LEITE, I.C.G; SILVA, G.A. O sentido da relação trabalho e saúde para os assistentes em administração de uma universidade pública federal no Estado de Minas Gerais. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 27 [ 3 ]: 541-559, 2017.
LEMOS, Márcio. Entrevista em profundidade. [online] Disponível em: https://www.academia.edu/40341328/Entrevista_em_profundidade. Acesso em: 08 mai. 2023.
LUCCHESI, Geraldo. Envelhecimento Populacional: Perspectivas para o Sus. In: BRASIL. Centro de Estudos e Debates Estratégicos. Brasil 2050: desafios de uma nação que envelhece. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2017, p. 43-59.
MOTTA, A. B. Idade e Solidão: a velhice das mulheres. Feminismos, Salvador, vol.6, n.2, mai/ago. p. 88-96, 2018.
MOTTA, A. B. da; DELGADO, J.; CAVALCANTI, V. R. S. Envelhecer no feminino. Feminismos, Salvador, vol.6, n.2, mai. / ago. p. 62-65, 2018.
NICODEMO, D.; GODOI, M. P. Juventude dos anos 60-70 e Envelhecimento: Estudo de casos sobre Feminização e direitos de mulheres idosas. Revista Ciência em Extensão. v. 6, n. 1, p. 40, 2010.
PAIS, J. M. Tempos de Solidão. [online] Disponível em:https://cienciahoje.org.br/acervo/tempos-de-solidao/. Publicado em: 14.12.2013. Acesso: 27 maio 2022.
QUEIRÓZ, A; LISE, F. Envelhecendo Sozinha: representações sociais sobre a solidão de mulheres idosas. [online] Disponível em:https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/siepe. Publicado: 30/09/2021. Acesso em: 18 maio 2022.
RIOS, Flávia; RATTES, Alex. A perspectiva interseccional de Lélia Gonzalez. In: Pensadores Negros - Pensadoras Negras: Brasil Séculos XIX e XX. Org. Ana Flávia Magalhães Pinto e Sidney Challhoub. Cruz das Almas: EDUFRB; Belo Horizonte: Fino Traço, 2016, p. 387-403.
RODRIGUES, L. Estudo revela tamanho da desigualdade de gênero no mercado de trabalho. [online] Disponível em: ttps://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-03/estudo-revela-tamanho-da-desigualdade-de-genero-no-mercado-de-trabalho. Acesso em: 15 jun. 2023.
RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. Recife: SOS, CORPO, 1993.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autoras/es que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autoras/es mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
2. Autoras/es têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autoras/es têm permissão e são estimuladas/os a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.