O HIP HOP COMO ESTRATÉGIA DE ORGANIZAÇÃO DA RAIVA
CONTRIBUIÇÕES PARA SOBREVIVÊNCIA DE MULHERES NEGRAS DE FAVELAS
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.v12i1.61038Palabras clave:
Hip Hop, raiva, racismo, mulheres negras, estratégias de sobrevivênciaResumen
Audre Lorde, mulher negra, professora, lésbica, mãe, poetisa nos anos 80 nos deixou lições, pensamentos e conceitos vanguardistas, dentre estes, sobre as estratégias para lidar com a raiva. Lorde sugere que as mulheres negras possam organizar suas raivas, sobretudo, para sobreviver. Inspiradas por essa provocação, neste artigo analisamos o movimento Hip Hop como uma das estratégias encontradas pela população negra que vive nas periferias dos grandes centros urbanos brasileiros para organizar suas raivas. Para tanto, apresentamos o pensamento de Lorde sobre a raiva e articulamos suas ideias com o contexto brasileiro, com as contribuições de Beatriz Nascimento e Marielle Franco, adentrando no mundo do Hip Hop por sua história e pelo olhar sobre as produções das rappers Nega Gizza e Dina Di, analisamos sua produção artística como via para a organização da raiva e sua sobrevivência, assim como de suas comunidades.
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