O CUIDADO COMO POLÍTICA: UMA PAUTA PARA A AGENDA FEMINISTA NO BRASIL

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v11i2.57420

Palabras clave:

cuidado, feminismo, gênero, políticas públicas, raça

Resumen

O presente artigo discute a importância de considerar o cuidado como política pública, no Brasil. Trata-se de um aspecto fundamental para o desenvolvimento social e econômico sustentável. Historicamente, as mulheres têm assumido os cuidados infantis, de pessoas idosas e com deficiências, de forma não remunerada. No Brasil, as políticas de cuidado são recentes, heterogêneas, incipientes e desconectadas, sendo associadas a políticas de mulheres e/ou de pessoas idosas. As desigualdades de raça, gênero e classe incidem nas práticas de cuidado, perpetuando discrepâncias estruturais. O cuidado como ocupação precisa ser considerado em conexão com as políticas de infância, terceira idade, assistência social, saúde, educação e previdência social.

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Biografía del autor/a

Cássia Maria Rosato, Tribunal de Justiça de São Paulo

Possui graduação em Psicologia pela USP (1998), especialização em Saúde Coletiva (2000), em Psicologia Jurídica (2004), em Direitos Humanos (2009) e é mestra em Psicologia pela UFPE (2011) e Direitos Humanos pela Universidade de Granada/Espanha (2012). Doutora em Psicologia pela UFPE (2018). Atuou como docente nos cursos de Psicologia e Direito da Unifavip e da Faculdade Nova Roma/FGV. Atualmente é psicóloga do Tribunal de Justiça de São Paulo. Tem experiência e interesse de pesquisa nas seguintes temáticas: Direitos Humanos, Políticas Públicas, Violações de Direitos, Psicologia Social, Jurídica e Psicanálise. Mãe de duas filhas, com licença-maternidade em 2016 e 2020.

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Publicado

2024-01-22

Cómo citar

ROSATO, C. M. O CUIDADO COMO POLÍTICA: UMA PAUTA PARA A AGENDA FEMINISTA NO BRASIL. Revista Feminismos, [S. l.], v. 11, n. 2, 2024. DOI: 10.9771/rf.v11i2.57420. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57420. Acesso em: 18 jul. 2024.

Número

Sección

Dossiê: Os Feminismos no Brasil: reflexões teóricas e perspectivas