A HIPERANDROGENIA NO ATLETISMO E O REGIME DA MEDICALIZAÇÃO COMPULSÓRIA
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.v12i2.50695Palabras clave:
desporto, mulheres, testosterona, atletismo, hiperandrogeniaResumen
Discursos científicos e culturais em torno da testosterona têm classificado esta hormona como produtora de uma masculinidade universal e patologizado a sua presença em corpos designados do sexo feminino. É sob este viés que várias organizações desportivas restringem o acesso à competição de mulheres com hiperandrogenia, por considerarem valores elevados de testosterona conferem vantagem injusta sobre as restantes competidoras. Este artigo propõe desconstruir a conceção da testosterona enquanto hormona pertencente ao domínio de uma masculinidade cisgénero e considerá-la uma substância de interesse a todos os corpos independemente do sexo. Para auxiliar esta tarefa são analisadas as normas da entidade máxima do atletismo, a World Athletics, relativas à elegibilidade de mulheres com hiperandrogenia no atletismo.
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