ENCARCERAMENTO DE MULHERES E MITO DA DEMOCRACIA RACIAL

INVISIBILIDADES DE MULHERES NEGRAS E POSSIBILIDADES FEMINISTAS ANTI-CARCERÁRIAS NO TEMPO PRESENTE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v11i2.57440

Palavras-chave:

Mulheres Negras, Encarceramento, Mito da Democracia Racial, Invisibilidades, Feminismo Abolicionista.

Resumo

As estatísticas de mulheres encarceradas no Brasil do Tempo Presente, sobretudo dos anos de 2000 a 2016, comprovam que ocorreu um aumento de, 656% no número total de mulheres em situação de cárcere, sendo, mais de 62% negras. Os altos números requerem um rastreio histórico-social que envolve o detalhamento de uma estrutura de opressão. Este artigo, por meio de uma análise qualitativa e quantitativa, documental e bibliográfica, tem por objetivo conceituar fatores desse sistema, como o mito da democracia racial, como um dos mecanismos cruciais de invisibilidade de mulheres negras, considerando o feminismo abolicionista e os movimentos sociais negros como aliados frente a um processo histórico de dominação institucional, carcerário e racista. Assim, este estudo apresenta um emaranhado de temas que perpassam pelo tripé gênero, classe e raça, não somente no que tange a historicidade punitiva como também nas possibilidades de resistências.

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Biografia do Autor

Felipe de Araujo Chersoni, Universidade do Extremo Sul Catarinense - Unesc / Grupo Andradiano de Criminologia

Mestrando em Direito na linha de Direitos Humanos, Cidadania e Novos Direitos pela Universidade (comunitária) do Extremo Sul Catarinense (PPGD-Unesc); Bolsista do Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Comunitárias (PROSUC-Capes); pesquisador no Grupo de Criminologia Crítica Latino Americana - Andradiano (Unesc). 

Nayara Augusto Felizardo , Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Historiadora, Membra do Grupo de Pesquisa Gênero, Trabalho e Políticas Públicas da Universidade Estadual do Paraná e do Laboratório de Estudos do Tempo Presente da Universidade Estadual de Maringá.

Fernanda da Silva Lima , Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Doutora e Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Bacharel em direito pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Professora Permanente no Programa de Pós-Graduação em Direito da Unesc (Mestrado em Direito). Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Gênero e Raça (NEGRA/UNESC). Integrante da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as - ABPN. Integrante do Núcleo de Estudos em Direitos Humanos e Cidadania (NUPEC/UNESC). Integrante da Rede Brasileira de Pesquisa Jurídica em Direitos Humanos (UNESC, UNIRITTER, UNIJUÍ, UFMS, PUC-CAMPINAS, UNIT, UNICAP, CESUPA, UFPA). Pesquisadora na área de Direito Público com linha de pesquisa Direitos Humanos, Cidadania e novos direitos com interesse nos seguintes temas: teoria crítica dos direitos humanos, relações raciais, feminismos negros, infâncias, estudos decoloniais. Coutora do livro "Cotas raciais: gestão, implementação e permanência" lançado em 2022.

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Publicado

2024-01-22

Como Citar

ARAUJO CHERSONI, F. de; FELIZARDO , N. A. .; LIMA , F. da S. . ENCARCERAMENTO DE MULHERES E MITO DA DEMOCRACIA RACIAL: INVISIBILIDADES DE MULHERES NEGRAS E POSSIBILIDADES FEMINISTAS ANTI-CARCERÁRIAS NO TEMPO PRESENTE . Revista Feminismos, [S. l.], v. 11, n. 2, 2024. DOI: 10.9771/rf.v11i2.57440. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57440. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Os Feminismos no Brasil: reflexões teóricas e perspectivas