Ensino de Biologia nas políticas e políticas no ensino de Biologia: O que ensinamos e aprendemos nos cursos de formação de professores?
DOI:
https://doi.org/10.9771/re.v7i3.26535Palabras clave:
ensino de Biologia, formação de professores de Biologia, autonomia da biologiaResumen
O trabalho traz reflexões sobre alguns aspectos técnicos e legais, que permeiam os cursos de formação de professores de Ciências e Biologia, por usarem os conhecimentos escolares das disciplinas do ensino básico, referenciados nos conhecimentos científicos oriundos das diversas áreas das Ciências Biológicas. No estudo o autor apoia-se nos pressupostos: o conhecimento veiculado pela ciência norteia o processo formativo de professores; a ausência de discussão sobre ciência e a falta de compreensão da Biologia como ciência autônoma, ancorada em outras ciências, limita o ordenamento dos conteúdos ao longo das disciplinas nos cursos de licenciatura e bacharelado. Sugere-se que: compreender que os sistemas vivos são complexos; que a ciência histórica está presente na biologia, considerando as narrativas históricas como explicações para compreensão de fenômenos não reproduzíveis experimentalmente; que os seres vivos são unidades inseridas em um tempo e provenientes de fenômenos anteriormente ocorridos; que o acaso existe no ordenamento dos seres vivos e portanto, que o reducionismo não pode ser utilizado como ferramenta explicativa dos processos biológicos, traz ao curso de formação de professores um olhar diferenciado ao usar o pensamento holístico, para cada nível de organização biológica. Dessa maneira, usar o conhecimento técnico científico sob nova perspectiva, crítica, holística e não reducionista, possa trazer e fazer sentido à Biologia, não somente como um conjunto de fatos, mas como sentidos e possibilidades de outras compreensões e outros percursos formativos.Descargas
Citas
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