O desenvolvimento do brincar em crianças com a Síndrome Congênita do Zika Vírus

Autores

  • Márcia Pires Fernandes Universidade Federal da Bahia - UFBA
  • Silvanne Ribeiro Universidade Federal da Bahia - UFBA
  • Fernanda Matrigani Mercado Gutierres de Queiroz UFBA - Universidade Federal da Bahia http://orcid.org/0000-0002-0724-7378

DOI:

https://doi.org/10.9771/re.v8i2.27630

Palavras-chave:

Educação Inclusiva, Síndrome Congênita do Zika Vírus, Brincar, Família, Educação Infantil.

Resumo

Pela perspectiva educacional inclusiva todas as crianças têm direito a educação, independentemente de sua condição socioeconômica, cultural ou deficiência. Tendo em conta tal perspectiva, o presente trabalho objetivou analisar a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças com a Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZKV) na visão das progenitoras. Destaca-se ainda os objetivos: perceber os aspectos do desenvolvimento da criança por meio das brincadeiras que realiza e identificar a opinião das progenitoras sobre o papel das brincadeiras na aprendizagem e suas percepções acerca da inserção escolar dessas crianças. Para responder aos questionamentos foi realizado um estudo de campo com a participação das progenitoras através de um questionário, além da observação das crianças brincando durante gravações de um vídeo. Assim, emergiram as seguintes categorias de análise: 1) o brincar da criança com SCZKV; 2) o desenvolvimento da criança por meio da brincadeira e 3) a visão das progenitoras em relação a aprendizagem das crianças por intermédio das brincadeiras e a futura inserção escolar. Dessa forma, destaca-se o quanto é importante fazer um trabalho lúdico dentro de contextos de desenvolvimentos, podendo ser necessário adaptações na metodologia, nos recursos, materiais e atividades realizadas para a obtenção de uma resposta as necessidades de aprendizagem da criança com SCZKV. Conclui-se que o brincar estreita vínculos e traz benefícios para o processo de desenvolvimento, contudo a percepção das progenitoras sobre a escola inclusiva revelou inseguranças e receios ao que tange a inserção das crianças pequenas nas escolas de Educação Infantil.

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Biografia do Autor

Márcia Pires Fernandes, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Pedagoga formada pela Universidade Federal da Bahia - UFBA.

Silvanne Ribeiro, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Professora da Faculdade de Educação, Departamento I da Universidade Federal da Bahia.

Fernanda Matrigani Mercado Gutierres de Queiroz, UFBA - Universidade Federal da Bahia

Psicóloga pela Universidade de Guarulhos (1996). Graduada em Pedagogia pela Universidade Bandeirante de São Paulo (1997). Especialista em Educação Especial em uma abordagem inclusiva (2010) pela Universidade Federal do Amazonas e Mídias na Educação (2010) pela Universidade Federal do Amazonas. Mestrado em Educação pela UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Campus Marília (2015). Programa de Pós-Graduação em Educação ,Área: Ensino na Educação Brasileira, Linha de pesquisa: Educação Especial. Cursando Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano na Universidade de São Paulo - USP. Professora na Universidade Federal da Bahia - UFBA, Departamento de Educação I, área de Educação Especial e Tecnologia Assistiva. Atua na formação de professores e assessoramento pedagógico. Tem experiência na área de Pedagogia, Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano,Tecnologia Assistiva, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Especial e Inclusiva.

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Publicado

2019-09-12

Como Citar

Fernandes, M. P., Ribeiro, S., & de Queiroz, F. M. M. G. (2019). O desenvolvimento do brincar em crianças com a Síndrome Congênita do Zika Vírus. Revista Entreideias: Educação, Cultura E Sociedade, 8(2). https://doi.org/10.9771/re.v8i2.27630