A construção do perfil do professor e a mediação didática lúdica no Ensino Fundamental II

Autores

  • Cristina M d'Ávila Universidade Federal da Bahia e Universidade do Estado da Bahia
  • Sandra Constantin Popoff Doutoranda em Educação Faculdade de Educação Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/re.v7i1.22082

Palavras-chave:

Leitura Literária. Ludicidade. Mediação Didática. História de vida.

Resumo

RESUMO O artigo traz resultados de pesquisa realizada em 2016 com professores que tiveram uma história de vida marcada pela leitura literária e estabelecem mediações de leitura em ambiente escolar no ensino fundamental II. A pesquisa foi realizada com uma professora e um professor de escolas públicas, uma em Salvador e outra em Feira de Santana, mediante abordagem fenomenológica utilizando história de vida, com o auxilio dos instrumentos: observação participante, entrevista narrativa e texto autobiográfico. Os professores participantes da pesquisa são licenciados em Biologia e Matemática. A ludicidade como premissa fundante da experiência com a leitura literária na vida dos sujeitos foi investigada, assim como, a sua expressão lúdica foi observada nas mediações didáticas e partilhas espontâneas de saber literário. Os conceitos que permitiram uma análise sensível da realidade estudada foram encontrados em Luckesi (1998, 2000, 2002, 2004, 2016), Brougère (1998, 2002), Maffesoli (1998, 2001), Callois (1990), d’Ávila (2007, 2009, 2008, 2014, 2016), Zilbermann (1988, 2005, 2008), Durand (1997) dentre outros. Concluiu-se que o perfil lúdico do docente, enquanto impulso inicial do sujeito, mediante contínuas experiências afetivas com a leitura literária, concretiza um perfil profissional, que, por sua vez, influencia a forma e a qualidade das mediações didáticas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristina M d'Ávila, Universidade Federal da Bahia e Universidade do Estado da Bahia

Pedagoga, Mestra e Doutora em educação, possui pós-doutorado em Formação de professores pela Universidade de Montréal, Québec, Canadá: (2006-2007) e Pós-doutorado em Ciências da educação pela Universidade Paris 5 - Sorbonne (2015-2016), Paris. É Professora Titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Professora Associada IV da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Leciona , em curso de graduação, o componente Didática e, no Programa de pós-graduação em educação da UFBA, é responsável pela disciplina Docência no ensino superior. É pesquisadora na área da docência universitária, didática e ludicidade, membro da RIDES (Rede inter-regional de pesquisadores sobre docência na educação superior). Coordena o grupo de pesquisa GEPEL (Grupo de estudos e pesquisas em educação e ludicidade) cadastrado no CNPQ.

Sandra Constantin Popoff, Doutoranda em Educação Faculdade de Educação Universidade Federal da Bahia

Jornalista. Mestra e doutoranda em Educação pelo PPGE/FACED/UFBA. Escritora de literatura infantojuvenil

Referências

BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix, 1980.

BOSI, Eclea. O tempo vivo da memória. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

BROUGÉRE, Gilles. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

______. A criança e a cultura lúdica. IN: KISHIMITO, Tizuko. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

CALLOIS, Roger. Os jogos e os homens. Lisboa: Cotovia, 1990.

D'ÁVILA, C. Decifra-me ou te devorarei: o que pode o professor frente ao livro didático? Salvador: EDUNEB:EDUFBA, 2008, 190p.

______. Didática lúdica: saberes pedagógicos e ludicidade no contexto da educação superior. Revista entreideias: educação, cultura e sociedade, 2014. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/entreideias/article/view/9164/8968>.

Acesso em: 24 dez. 2014

______. Educação e ludicidade: ensaios 04. Salvador: Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, GEPEL, 2007.

______. Ser professor na contemporaneidade. Desafios, ludicidade e protagonismo. Curitiba: Editora CRV, 2009. 153p.

_______. Razão e sensibilidade na docência universitária. Brasília: Revista em Aberto. V.29, n.97, 2016, p. 103 – 118.

DUARTE Jr, João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar, 2000.

DURAND, Gilbert. As estruturas antropológicas do imaginário: introdução à arquetipologia geral. Trad. Helder Godinho. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

______. O imaginário: Ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. 5ª ed. Rio de Janeiro: Difel, 2011.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2001

GOMEZ, Margarita Victória. Educação em rede: uma visão emancipadora. São Paulo: Editora Cortês, 2004.

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2001.

LAJOLO, Marisa. Literatura: Leitores & leituras. São Paulo: Moderna. 2001

_________. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2006.

LOPES, Conceição. Ludicidade, contributo para a busca dos sentidos do Humano. Aveiro: Ed. Univ. de Aveiro, 2004

LUCKESI, Cipriano C. (Org.). Estados de consciência e atividades lúdicas. In: Ludicidade: onde acontece? Educação e ludicidade: ensaios 03. Salvador: Faculdade de Educação, UFBA, Programa de Pós-Graduação em Educação, GEPEL, Secretaria de Cultura e Turismo, 2004.

______. Desenvolvimento dos estados de consciência e ludicidade. Cadernos de Pesquisa, do Núcleo de FACED/UFBA, vol. 2, n.21, 1998, p. 9-25

______. Ludicidade e atividades lúdicas: uma abordagem a partir da experiência interna. In: PORTO, Bernadete de Souza (Org.) Educação e ludicidade: ensaios 2: a ludicidade: o que é mesmo isso? Salvador: Faculdade de Educação, UFBA, Programa de Pós-Graduação em Educação, GEPEL, 2002. v.1.

______. Ludopedagogia: ensaios 1: educação e ludicidade. Salvador: Faculdade de Educação, UFBA, Programa de Pós-Graduação em Educação, GEPEL, 2000. v. 1.

_______. Brincar: o que é brincar. Disponível em: www.luckesi.com.br. Acesso: 09 de março de 2016

MAFFESOLI, Michel. Elogio da razão sensível. Tradução de Albert Christophe Migueis Stuckenbruck. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

_______. A Transfiguração do Político: a tribalização do mundo. Porto Alegre: Sulina, 2001.

_______. Perspectivas tribais ou a mudança do paradigma social. Porto Alegre (RS), Revista FAMECOS, nº 23, abril 2004, p.23-29.

MORIN, Edgar. O cinema ou o homem imaginário. Ensaio de antropologia. Lisboa: Moraes Editores, 1970.

PENNAC, Daniel. Como um romance. Tradução de Leny Werneck. 3.ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

SAINT-EXUPÈRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. 48ª edição. Rio de Janeiro: Agir, 2004

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

ZEN, Giovana Cristina. A formação continuada como um processo experiencial: a trans-formação dos educadores de Boa Vista do Tupim. Salvador: Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Educação, 2014.

___________________. Confabulações na formação de professores: a experiência e o saber ético como saberes docentes. Salvador: Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado da Bahia. Campus I. Departamento de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade. 2007

ZEN, Giovana Cristina, SANTOS, Stella Rodrigues dos. A força humanizadora da literatura. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v.18, n.31, p. 173-181, jan./jun. 2009.

ZILBERMAN, R. Letramento literário: não ao texto, sim ao livro. In: PAIVA, A. et al. (Org.). Literatura e letramento: espaços, suportes e interfaces – O jogo do livro. Belo Horizonte: Autêntica/CEALE/FaE/UFMg, 2005. p. 245-266.

______. A leitura e o ensino da literatura. São Paulo: Contexto, 1988.

_______. O papel da literatura na escola. Porto Alegre: Via Atlântica, n.14, 2008

Downloads

Publicado

2018-04-16

Como Citar

d’Ávila, C. M., & Popoff, S. C. (2018). A construção do perfil do professor e a mediação didática lúdica no Ensino Fundamental II. Revista Entreideias: Educação, Cultura E Sociedade, 7(1). https://doi.org/10.9771/re.v7i1.22082

Edição

Seção

Artigos