APLICABILIDADE DE TEORIA DE ENFERMAGEM PARA INTERVENÇÃO PRÁXICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18471/rbe.v38.55609

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Teoria de Enfermagem, Enfermagem, Enfermagem de Atenção Primária, Modelos Teóricos

Resumo

Objetivo: analisar as evidências científicas acerca do uso da Teoria de Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva na atenção primária à saúde por meio de estudos de fontes primárias. Método: trata-se de uma revisão integrativa, sem delimitação de tempo e idiomas, com pesquisas nas bases de dados LILACS, MEDLINE/PubMED, CINAHL, SCOPUS, EMBASE e Web of Science e na biblioteca eletrônica SciELO. Resultados: foram incluídos 15 artigos, que se restringiram às fases de captação (nas dimensões estrutural, particular e singular) e interpretação da realidade objetiva, o que evidenciou uma lacuna de conhecimentos quanto à efetividade da teoria em relação à intervenção na realidade objetiva. Considerações finais: a análise das evidências científicas ratificou, apesar da utilização discreta e pontual da Teoria de Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva, o seu potencial para o direcionamento das práticas dos enfermeiros na atenção primária à saúde.

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Biografia do Autor

Davi Gomes Depret, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Pós-doutorando do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, desenvolvendo pesquisa nas áreas de Violência, Enfermagem Forense e Simulação Realística. Professor convidado dos Programas de Residência da UERJ e da UFF. Professor da Pós-graduação em Saúde da Família da Faculdade Souza Marques. Co-líder do Laboratório de Violências, Interseccionalidadades, Epidemiologia e Sociedade da Faculdade de Enfermagem da UERJ (@vies.uerj), contribuindo com experiência nas temáticas: Dissidências sexuais e de gênero; Atenção Psicossocial de populações vulneráveis e vulnerabilizadas; Processos do comportamento suicida; Violências e seus impactos na saúde e na salutogênese.

Fernanda Maria do Vale Martins Lopes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Possui graduação em ENFERMAGEM pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003) e mestrado em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010). Doutoranda em enfermagem na linha de saúde do idoso. Atualmente é enfermeira e gerente - Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Saúde Coletiva. Atuando principalmente nos seguintes temas: idoso, enfermeiro, educação em saúde, profissionais de saúde e sustentabilidade.

Célia Pereira Caldas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1982), mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1993), doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000), pós-doutorado em Gerontologia pela Universidade de Jönköping, Suécia (2005) e pela Universidade Federal de São Paulo (2009). É especialista em Gerontologia titulada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). É professora titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde atua no Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PPGCM) e no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF). É bolsista de produtividade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e líder do Grupo de Pesquisa de Enfermagem em Saúde do Idoso- GEPESI na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Coordena o Departamento Científico de Enfermagem Gerontológica da Associação Brasileira de Enfermagem - seção Rio de Janeiro (ABEnRio) - gestão 2023/2025. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde do Idoso, atuando principalmente nos seguintes temas: envelhecimento, gerontologia, teorias de enfermagem, cuidado familiar e saúde do idoso.

Ricardo Mattos Russo Rafael, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Enfermeiro. Mestre em Saúde da Família. Doutor em Ciências pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Pós-doutor em Enfermagem (UNIRIO). É professor associado do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública (DESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), atuando na graduação, residência e no quadro permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem, especialmente na linha Saberes, políticas e práticas em Saúde Coletiva e Enfermagem. É vice-diretor da Faculdade de Enfermagem (UERJ) na gestão 2020-2024, procientista da UERJ no período 2020-2023 e membro suplente do Conselho Universitário (gestão 2021-2023). É membro titular do Grupo Temático Violência e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO). Na ABRASCO também ocupou a função de coordenação no Fórum de Coordenadores da Pós-graduação em Saúde Coletiva (Gestão 2019-2021). É Procientista da UERJ desde 2020 e Pesquisador Nível 2 do CNPq (2023-2025) com experiência em Saúde Coletiva e ênfase em Epidemiologia. É coordenador do Laboratório de Pesquisa VIÉS (Violências, Interseccionalidades, Epidemiologia e Sociedade), trabalhando principalmente os temas: violências, diversidade sexual e de gênero, iniquidades em saúde, Atenção Primária à Saúde e Direitos Humanos.

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Arquivos adicionais

Publicado

2024-02-26

Como Citar

Gomes Depret, D., Maria do Vale Martins Lopes, F., Pereira Caldas, C., Mattos Russo Rafael, R. ., & Mourão Nicoli, E. (2024). APLICABILIDADE DE TEORIA DE ENFERMAGEM PARA INTERVENÇÃO PRÁXICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista Baiana De Enfermagem‏, 38(.). https://doi.org/10.18471/rbe.v38.55609

Edição

Seção

Revisão