ESPAÇOS INSTITUCIONAIS DE SAÚDE COMO “NÃO LUGAR” DE TRAVESTIS NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ENFERMEIRAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18471/rbe.v34.35603

Resumo

Objetivo: discutir a invisibilidade da pessoa travesti em instituições de saúde com base nas representações sociais de enfermeiras. Método: pesquisa qualitativa com abordagem téorica-metodológica das representações sociais que realizou entrevista semiestruturada com 20 enfermeiras matriculadas em cursos de pós-graduação de uma universidade pública. As informações coletadas foram processadas por meio do software Iramuteq, que gerou a Classificação Descendente Hierárquica com cinco classes. Resultados: identificou-se, no conteúdo representacional, que a invisibilidade das travestis está implicada no modo como profissionais de saúde percebem a necessidade/possibilidade de ocupação desses espaços, principalmente aqueles que ofertam atenção básica. Conclusão: as representações sociais das enfermeiras investigadas revelaram sentidos para a invisibilidade, exclusão, dificuldades no atendimento e dispensa de cuidados às travestis em instituições de saúde. A invisibilidade identificada nas representações das enfermeiras ocorre pelo modo como profissionais de saúde percebe a necessidade/possibilidade de ocupar esses espaços.

Descritores: Travestismo. Enfermeiras. Instituições de Saúde. Minorias Sexuais e de Gênero. Associação Livre.

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Biografia do Autor

Ester Mascarenhas Oliveira, Centro Universitário de Brasília (UNICEUB)

Possui graduação em Enfermagem (FTC). Mestra em enfermagem pelo Programa de pós-graduação em enfermagem, na linha Mulher, Gênero e Saúde, Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (PPGEnf/UFBA). Integrante do Centro de Estudos sobre Saúde da Mulher (GEM) e do Grupo de pesquisa Sexualidades, Vulnerabilidades, Gênero e Drogas (SVDG). Especialista em Linhas de Cuidado em Atenção Psicossocial (UFSC). Especialista em Saúde Mental (UFMA). Especialista em Gestão em Saúde (FIOCRUZ). Especialista em Auditoria de Sistemas e Serviços de Saúde (UFBA). Atua como docente do curso de enfermagem no Centro Universitário de Brasília (UNICEUB). Integrante do Núcleo Docente Estruturante da no Centro Universitário de Brasília (UNICEUB). Atuou como professora da especialização em Saúde Mental com habilitação em Dependência Química, Família e Comunidade, da Faculdade da Cidade do Salvador. Atuou na coordenação e na assistência à saúde no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS AD) e na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Atuou como docente no Programa Nacional pelo Emprego (PRONATEC) do Instituto Federal da Bahia (IFBA). Atuou como Tutora no Curso de Especialização em Saúde da Família - Programa Mais Médicos (UFPEL). Atuou como orientadora do Curso de Especialização em Saúde da Família (PROVAB) (ISC) e no Curso de Especialização em Saúde Coletiva com concentração em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde com ênfase em serviços de Hemoterapia (ISC). Desenvolveu atividades de coordenação do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), na Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS). Áreas de atuação: Saúde Coletiva, Saúde Mental, Uso de drogas e tecnologias na Educação.

Jeane Freitas Oliveira, Universidade Federal da Bahia

Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia (1984), especialização em Enfermagem Comunitária pela Universidade Federal da Bahia (1985), mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia (2001) e doutorado em Saúde Pública no Instituto de Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Bahia (2008). Docente na Escola de Enfermagem da UFBA, líder do Grupo de Pesquisa em Sexualidades, Vulnerabilidades, Drogas e Gênero, vinculada ao Centro de Estudos e Pesquisa em saúde da Mulher - GEM/UFBA. Atua na graduação e pós graduação em componentes curriculares vinculados á saúde da mulher. Desenvolve pesquisas com a temática das drogas com foco na população feminina e em outros grupos vulnerabilizados, a exemplo de pessoas em situação de rua. 

Cleuma Sueli Santos Suto, Universidade do Estado da Bahia/Campus VII

Enfermeira (UEFS), Doutora em Enfermagem e Saúde pela Escola de Enfermagem (UFBA). Mestra em enfermagem (UFBA), Especialista em Obstetrícia e Saúde Pública (UEFS). Professora Assistente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus VII. Integrante do Grupo de Pesquisa Saúde da mulher, gênero e integralidade do cuidado. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: HIV/Aids, IST, sexualidade, atenção básica, enfermagem e gestão.

Carle Porcino, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde (PPGNEF)/UFBA. Mestrado em Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Formação em Psicologia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC Salvador) (2007). Atua voluntariamente enquanto psicóloga na Associação de Travestis de Salvador (ATRAS)/Grupo Gay da Bahia (GGB). Estudante do Grupo de Pesquisa em Sexualidades, Vulnerabilidades, Drogas e Gênero (SVDG) e do Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Saúde, Violência e Subjetividade (SAVIS) da UFBA. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Clínica, atuando principalmente nos seguintes temas: travestilidades, transexualidades, transgeneridades, envelhecimento, representações sociais, práticas de modificações corporais, redução de danos.

Sara Peixoto Almeida, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia

Enfermeira graduada pelo Centro Universitário Jorge Amado, especialista em Enfermagem Obstétrica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atuou como enfermeira na Estratégia de Saúde da Família do município de Lamarão e como enfermeira assistencial no Hospital Aliança. Atualmente Enfermeira Saúde da Mulher da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, na Maternidade Climério de Oliveira. Membro do Grupo de Pesquisa SVDG (Sexualidades, Vulnerabilidades, Drogas e Gênero) da Escola de Enfermagem da UFBA. Mestranda em Enfermagem e Saúde do PPGENF/UFBA.

Daiane Santos Oliveira, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia

Enfermeira graduada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (concluído em 2011.1). Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem e Saúde da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia . Mestra em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (2015). Pós graduada em Atenção Básica com ênfase em Saúde da Família pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2013) . Membro do Centro de Estudos sobre Saúde da Mulher (GEM) e do Grupo de pesquisa Sexualidade, Vulnerabilidades, Drogas e Gênero (SVDG). Tem experiência na área assistencial como Enfermeira da Unidade de Saúde da Família e como docente dos componentes de saúde coletiva, saúde pública, políticas de saúde, saúde mental, trabalho de conclusão de curso e metodologia da pesquisa. Estuda as necessidades sociais e de saúde de grupos vulnerabilizados, com foco (atualmente) nas mulheres em situação de rua e que fazem uso de drogas.

Publicado

2020-10-05

Como Citar

Oliveira, E. M., Oliveira, J. F., Suto, C. S. S., Porcino, C., Almeida, S. P., & Oliveira, D. S. (2020). ESPAÇOS INSTITUCIONAIS DE SAÚDE COMO “NÃO LUGAR” DE TRAVESTIS NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ENFERMEIRAS. Revista Baiana De Enfermagem‏, 34. https://doi.org/10.18471/rbe.v34.35603

Edição

Seção

Artigo Original