Efeitos da ozonioterapia sobre as fibras colágenas e elásticas no reparo cutâneo – Um estudo histomorfométrico em ratos
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v23i2.64117Palabras clave:
Ozônio; ozonioterapia; cicatrização; colágeno; tecido elásticoResumen
Resumo
Objetivo: analisar os efeitos da ozonioterapia, sob duas formas de apresentação – gás e óleo ozonizado –, para biomodulação de
fibras colágenas e elásticas em ferimentos cutâneos experimentalmente induzidos em ratos. Metodologia: foram utilizados 30 ratos
Wistar machos, distribuídos aleatoriamente em três grupos experimentais: GC (grupo controle), GGO (grupo tratado com gás ozônio) e
GOO (grupo tratado com óleo ozonizado). Todos os animais foram submetidos a uma incisão cirúrgica no dorso, após o que os grupos
GGO e GOO receberam terapia com ozônio diretamente na lesão, iniciada imediatamente após a cirurgia e continuada até o 3º dia.
Metade dos animais foi eutanasiada ao final de cinco dias, enquanto a outra metade após dez dias de experimento. Nos respectivos
períodos de avaliação, secções de pele foram obtidas e coradas com Sirius vermelho para análise das fibras colágenas, e Orceína de
Weight para o estudo das fibras elásticas. Essas secções de fibras colágenas e elásticas foram sujeitas às análises histomorfométrica
e estatística dos dados. Resultados: observou-se uma crescente compactação das fibras colágenas em direção à superfície da lesão
nos grupos tratados com ozônio. As fibras elásticas, por sua vez, apresentaram-se distribuídas de forma esparsa, com destaque para o
5º dia, no grupo GGO. A presença de colágeno se mostrou estatisticamente significante no 5° dia do experimento no grupo GGO em
relação ao GC (p=0,016). As fibras elásticas, exibiram resultado estatisticamente significativo no 5° dia no grupo GGO em relação ao
GC (p=0,016), bem como, no 10° dia, no GOO em relação ao GC (p=0,016). Conclusão: durante a fase proliferativa do reparo cutâneo,
a ozonioterapia desempenhou um papel biomodulador, pois promoveu um aumento significativo das fibras colágenas e elásticas na
matriz extracelular, nos diferentes períodos do estudo. Essa modalidade terapêutica emerge como uma abordagem promissora para
o estudo dos processos de cicatrização em diversos tipos de tecidos.
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