Intergrowth versus fenton: há diferença no diagnóstico de retardo de crescimento extrauterino em prematuros durante internamento hospitalar?
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v20i3.47082Palabras clave:
Crescimento, Desenvolvimento infantil., Recém-nascido prematuro, Doenças do prematuro, Recém-nascido de baixo pesoResumen
Introdução: alterações no padrão de crescimento de recém-nascidos prematuros podem ter implicações para sua saúde futura. A literatura dispõe de diversas ferramentas e pontos de corte para avaliação da sua adequação, logo, diferentes diagnósticos podem ser obtidos a depender do parâmetro adotado. Objetivo: determinar a diferença no diagnóstico de Retardo de Crescimento Extrauterino em prematuros, durante internamento hospitalar, conforme as curvas de Fenton e Intergrowth. Metodologia: trata-se de estudo transversal, com dados secundários, coletados durante o internamento em unidade de terapia intensiva e de cuidados intermediários convencionais neonatais de uma maternidade pública, em 2019. Resultados: coletaram-se medidas de peso e perímetro cefálico ao nascer e no momento da alta/transferência e calcularam-se seus respectivos indicadores antropométricos de acordo com as duas curvas. Utilizaram-se duas classificações para o Retardo: diagnóstico de Pequeno para Idade Gestacional na alta/transferência; queda no escore Z dos indicadores maior ou igual a 1 entre o nascimento e a alta/transferência. Não houve diferença em relação ao número de crianças classificadas como Pequeno para Idade Gestacional ao nascer, entre as curvas. Porém, no momento da alta/transferência houve maior prevalência de Pequeno para a Idade Gestacional/Retardo de Crescimento Extrauterino, de acordo com Fenton (73,6% versus 64,9%). A análise longitudinal dos indicadores de crescimento para caracterização do referido retardo por meio da curva de Fenton também detectou maior número de diagnósticos. Conclusão: conclui-se que o diagnóstico do retardo apresentou diferenças entre os referenciais. Os parâmetros de Fenton determinaram maior ocorrência dele no momento do desfecho, independente da realização da avaliação transversal ou longitudinal dos indicadores.
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