Perfil epidemiológico das parasitoses intestinais em moradores de uma comunidade da Ilha de Boipeba, Bahia, Brasil

Autores

  • Maria Eduarda Maia Vilar Universidade Federal da Bahia (UFBA)
  • Nilo Manoel Pereira Vieira Barreto Universidade Federal da Bahia
  • Neci Matos Soares Universidade Federal da Bahia
  • Márcia Cristina Aquino Teixeira Universidade Federal da Bahia
  • Carlos Maurício Cardeal Mendes Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v20i1.37580

Palavras-chave:

Epidemiologia. Enteropatias. Infecções Parasitárias. Comunidade. Costa

Resumo

Introdução: as parasitoses intestinais constituem-se um importante problema de saúde pública mundial. Estas infecções são mais prevalentes em regiões tropicais impactando na morbimortalidade e aumento nos custos para o sistema de saúde. Objetivo: avaliar
a prevalência das enteroparasitoses e sua associação com as condições socioeconômicas, sanitárias, ambientais e hábitos de vida
em uma comunidade costeira do Nordeste brasileiro. Metodologia: estudo epidemiológico, descritivo e transversal, realizado de
modo não probabilístico entre março a junho de 2017, com 105 moradores da Ilha de Boipeba, localizada no Sul da Bahia. O exame
parasitológico de fezes foi realizado pelos métodos de sedimentação espontânea, Baermann-Moraes e FAUST. Um questionário foi
aplicado para avaliar o perfil sociodemográfico da população. Resultados: do total de indivíduos avaliados, 52,4% eram do sexo
feminino e 57,1% tinham entre 15 a 59 anos. Todos os indivíduos possuíam água encanada, porém não tratada, enquanto 91,4%
referiu ingerir vegetais crus e 45,7% não higienizavam as mãos antes as refeições. Sintomas gastrointestinais foram relatados em 82,8%
dos indivíduos e infecções enteroparasitárias foram diagnosticadas em 69,6%. Os parasitos mais frequentemente encontrados foram
Ancilostomídeo (18,1%) e Entamoeba coli (43,8%). O principal fator de risco potencial para contrair a infecção por ancilostomídeos
foi a não existência de poço artesiano na residência (RP=4,35), enquanto para Trichuris trichiura foi não dispor de pia no banheiro
(RP=3,82). Conclusão: a comunidade analisada apresentou elevada prevalência de enteroparasitoses. Os hábitos precários de
higiene e de acesso à água tratada, associados às condições ambientais e climáticas do local, podem ter contribuído para a elevada
transmissão de geohelmintos observada.

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Biografia do Autor

Maria Eduarda Maia Vilar, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Enfermeira. Mestre em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas

Nilo Manoel Pereira Vieira Barreto, Universidade Federal da Bahia

Mestre em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas pelo Programa de Pós-graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas da Universidade Federal da Bahia. Professor na Faculdade de Gestão e Negócios FGN, Salvador, Bahia, Brasil.

Neci Matos Soares, Universidade Federal da Bahia

Farmacêutica. Doutora em Biologia Celular e Molecular. Professora Titular da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil.

Márcia Cristina Aquino Teixeira, Universidade Federal da Bahia

Farmacêutica. Doutora em Biologia Celular e Molecular. Professora Associada da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil.

Carlos Maurício Cardeal Mendes, Universidade Federal da Bahia

Médico. Doutor em Saúde Coletiva. Professor do Programa de Pós-graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas, Salvador, Bahia, Brasil

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Publicado

2021-05-05

Como Citar

Vilar, M. E. M., Barreto, N. M. P. V., Soares, N. M., Teixeira, M. C. A., & Mendes, C. M. C. (2021). Perfil epidemiológico das parasitoses intestinais em moradores de uma comunidade da Ilha de Boipeba, Bahia, Brasil. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 20(1), 14–21. https://doi.org/10.9771/cmbio.v20i1.37580

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