Associação entre esclerose múltipla e alelos hla-drb1* em uma população miscigenada de Salvador, Ba, Brasil

Autores

  • Thaiana de Oliveira Sacramento UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA http://orcid.org/0000-0002-6028-1698
  • Roberto José Meyer Nascimento UFBA
  • Denise Carneiro Lemaire
  • Teresita Fernadez Bendicho

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v17i1.22695

Palavras-chave:

Esclerose Múltipla. Frequência Alélica. Genes Classe II do Complexo de Histocompatibilidade (MHC).

Resumo

Introdução: a esclerose múltipla é uma doença que afeta preferencialmente o sistema nervoso central de mulheres jovens, causandolhes graus variáveis de incapacidades física e cognitiva. Etiologicamente associa fatores ambientais, biológicos, sócio-econômicos e genéticos, como por exemplo genes do MHC classe II, especialmente os alelos HLA-DRB1*. Objetivo: determinar a frequência dos alelos HLA DRB1* em portadores de esclerose múltipla atendidos no centro de referência do C.H.U.P.E.S, UFBA, no período de outubro de 2014 a abril de 2015 e associá-las a variáveis clínico-demográficas. Metodologia: estudo do tipo caso-controle, aprovado pelo comitê de ética da Faculdade de medicina da Universidade Federal da Bahia (CAAE: 3517134.0.0000.5577), que envolveu uma amostra de conveniência composta por 97 indivíduos, cujos dados clínico-demográficos foram coletados através de questionário desenvolvido para a pesquisa. A genotipagem dos alelos HLA-DRB1* foi realizada através da técnica HLA-DR SSO GenotypingTest. Resultados: a análise quantitativa revelou perfil genotípico do tipo HLA-DRB1*15 (20,5%), em mulheres (83,0%), das raças/etnias negra ou parda (75,0%), com faixa etária entre 30 e 39 anos (28,0%). Houve predomínio da forma clínica surtoremissiva da doença (76,0%), dentre os doentes com idade mais avançada (55,0%), sem permanência de sequela clínica (70,0%) e que usavam algum tipo de Interferon (58,0%). A análise qualitativa indicou maiores frequências, na forma progressiva de esclerose múltipla dos grupos alélicos HLA-DRB1*12 (22,0%), e dos alelos HLA-DRB1*13 (12,6%)e HLA-DRB1*15 (22,0%) naqueles indivíduos com a forma surtoremissiva. Negros e pardos demonstraram maior prevalência do alelo HLA-DRB1*15 (24,0%), enquanto que nos brancos houve maior prevalência do alelo HLA-DRB1*07 (20,0%). Conclusão: forte associação entre as frequências alélicas, esclerose múltipla e as variáveis raça/etnia e forma clínica da doença.

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Biografia do Autor

Thaiana de Oliveira Sacramento, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

esclerose multipla, imunologia, saúde bucal, qualidade de vida, imunogenética

Roberto José Meyer Nascimento, UFBA

Professor Titular, Superintendente de Saúde, UFBA, Bahia

Denise Carneiro Lemaire

Professora do Departamento de Ciências da Vida, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, Bahia, Brazil

Teresita Fernadez Bendicho

Professora da Fundação Baiana Para o Desenvolvimento da Ciência, Bahia

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Publicado

2018-06-27

Como Citar

Sacramento, T. de O., Nascimento, R. J. M., Lemaire, D. C., & Bendicho, T. F. (2018). Associação entre esclerose múltipla e alelos hla-drb1* em uma população miscigenada de Salvador, Ba, Brasil. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 17(1), 9–15. https://doi.org/10.9771/cmbio.v17i1.22695

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